qui, 16 de janeiro de 2025

Guerra na Síria deixou mais de 380 mil mortos desde 2011

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Balanço atualizado publicado por ONG aponta 384 mil mortes – 116 mil de civis. Conflito destruiu economia síria e provocou a fuga de 11 milhões de pessoas.

Ao menos 384 mil pessoas morreram na Síria, incluindo mais de 116 mil civis, desde o início da guerra no país em março de 2011, de acordo com um balanço atualizado publicado neste sábado (14) pela ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

O conflito começou com a dura repressão do governo a manifestações pacíficas pró-democracia. Com o passar dos anos, se transformou em uma guerra complexa, com a presença de grupos rebeldes e jihadistas, assim como de forças estrangeiras.

Atualmente, o regime de Bashar al-Assad controla mais de 70% do território do país por causa do apoio da Rússia, do Irã e do grupo Hezbollah libanês.

O conflito é “a pior catástrofe provocada pelo homem desde a Segunda Guerra Mundial”, afirmou a Organização das Nações Unidas (ONU) em 2017. A guerra destruiu a economia síria e provocou a fuga de 11 milhões de pessoas.

De acordo com o balanço do OSDH, do total de mortos, 22 mil eram menores de idade. Além disso, 129.476 soldados do exército sírio morreram, assim como sírios e estrangeiros que integram as milícias e as forças aliadas. Entre eles, estariam 1.697 combatentes do movimento libanês Hezbollah.

Reflexos da guerra

Nas últimas semanas, o avanço do regime foi interrompido na região de Idlib, noroeste do país, último reduto rebelde e jihadista.

Uma ofensiva de Damasco contra esta região provocou desde dezembro a fuga de quase um milhão de pessoas, segundo a ONU. No início de março, a Turquia negociou com a Rússia a interrupção dos ataques.

As ONGs denunciam sem descanso os abusos e violações dos direitos humanos cometidos pelo governo de Assad. Elas acusam o regime por ataques químicos, torturas e detenções ilegais. Neste contexto, dezenas de milhares de pessoas desapareceram, de acordo com ativistas.

A guerra também provocou a destruição de infraestruturas e reduziu ao mínimo setores fundamentais para a economia síria, como o do petróleo.

FONTE: Informações | g1.globo.com