Uma gestante de Aparecida de Goiânia, em Goiás, teve a gravidez interrompida no sábado (8) após contrair covid-19 e influenza ao mesmo tempo.
“É horrível. O bebê já está morto e eu quero retirar. Queria tirar vivo, mas não tem como”, disse Gabriela Sousa de Jesus, em entrevista à TV Anhanguera, afiliada da TV Globo no estado.
Um exame realizado na quarta-feira (5) indicou alteração nos batimentos cardíacos da bebê, que receberia o nome de Ester. Ainda assim, a Maternidade Marlene Teixeira disse que a gestante deveria retornar para casa.
No dia seguinte, a gestante não sentiu a filha se movimentar, e voltou ao hospital para realizar novos exames, que revelaram a morte do feto.
“Estava tudo preparado já, compramos tudo, já estava tudo em andamento”, disse a madrasta da jovem.
Gabriela foi submetida à cirurgia de retirada do feto no domingo depois de aguardar mais de 24 horas na maternidade — inclusive compartilhando o ambiente com pacientes comuns, mesmo com sintomas gripais.
Em comunicado à TV, a central de regulação da maternidade disse que não fora solicitada cirurgia em nome da paciente, somente a internação em virtude da covid-19. E que não havia vaga.
A Secretaria Municipal de Saúde, por sua vez, disse que solicitou a transferência de Gabriela para outro hospital, mas que não houve liberação de vaga a tempo. A pasta ainda informou que a maternidade continua dando suporte à Gabriela.