O governo decidiu trocar o procurador-geral do INSS após a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que apura um esquema de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.
O que aconteceu
Advocacia Geral da União (AGU) determinou a exoneração do procurador-geral do INSS. Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, um dos investigados pela PF, será substituído por Elvis Gallera Garcia, atual coordenador-geral de Contencioso Previdenciário da Procuradoria-Geral Federal (PGF).
AGU criou Grupo Especial para buscar a reparação de danos causados por ações fraudulentas no INSS. Segundo o órgão, a equipe será responsável por promover a recuperação dos valores irregularmente descontados de aposentados e pensionistas, além de propor a adoção de medidas de prevenção e identificação de fraudes.
Grupo será constituído por oito advogados e advogadas públicas. O coletivo será caráter temporário. Os membros serão designados pela Procuradoria-Geral Federal e Consultoria-Geral da União.
O Estado brasileiro, os aposentados e pensionistas foram lesados por esse esquema. Por isso, também vamos buscar a responsabilização das entidades que promoveram os descontos ilegais e recuperar cada centavo desviado. Jorge Messias, advogado-geral da União
Alessandro Stefanutto pediu demissão do cargo de presidente do INSS. A investigação revelou um golpe de R$ 6,3 bilhões contra aposentados e pensionistas.
Segundo a PF, foram identificados descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. Stefanutto teria agido para liberar o desconto em folha de aposentados mesmo após uma série de denúncias na imprensa e de órgãos de controle.
PF cumpriu seis mandados de prisão temporária hoje. Também foram cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão e ordens de sequestro de bens num valor superior a R$ 1 bilhão. O grupo é suspeito de praticar irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários concedidos pelo INSS.
