José Mantovani, de 60 anos, desapareceu depois de sair de um rancho para buscar um neto que acampava às margens do rio Tietê. Corpo da vítima foi encontrado três dias depois, em Araçatuba/SP.
A filha do pintor José Mantovani, de 60 anos, que foi encontrado morto depois de desaparecer enquanto navegava no rio Tietê, disse que o pai tinha experiência em pilotar barcos e pescava com frequência e afirmou que o acidente foi uma fatalidade.
José sumiu em 27 de setembro deste ano. O corpo dele foi encontrado três dias depois nas proximidades de um resort de Araçatuba/SP.
Em entrevista ao G1, a fotógrafa Beatriz Carneiro Mantovani, de 26 anos, contou que o pai saiu do rancho da família para buscar um neto que acampava às margens do rio Tietê.
“Ele estava de barco e com colete salva-vidas. Meu pai tinha experiência, autorização para pilotar e sabia nadar. Mas, depois de mais ou menos uma hora, meu sobrinho ligou no celular da minha mãe e disse que meu pai não havia chegado para buscá-lo.”
Como o trajeto entre o rancho e o local do acampamento duraria somente 15 minutos, a família ficou preocupada e decidiu pedir ajuda para amigos.
“Pensamos que poderia ter acabado a gasolina do barco do barco do meu pai. Como não conseguimos localizá-lo, resolvemos ligar para o Corpo de Bombeiros.”
Buscas
As buscas pelo pintor duraram três dias e contaram com ajuda de equipes formadas por bombeiros, policiais, familiares, conhecidos e amigos de José.
“Foram dias complicados. Tínhamos esperanças de encontrá-lo com vida, segurando em algum tronco de árvore. Depois, fomos tentando aceitar a situação. Foi muito triste quando encontraram o corpo, mas, ao mesmo tempo, foi um alívio, pois fechamos o ciclo.”
Ao G1, Beatriz Mantovani também afirmou que o pai tinha realizado o sonho de construir o rancho havia um ano e meio e estava extremamente feliz.
“A maior paixão dele era estar no rio. Minha mãe e meu pai estavam praticamente morando no rancho por conta da pandemia. Nossa relação era ótima.”
“Já sabia que meu pai era muito conhecido, mas tive a certeza depois da morte. Ele era muito prestativo, gostava de ajudar todo mundo. Enfim, era uma pessoa muito gente boa. Agora ficam as lembranças boas”, complementa Beatriz.