Alimentação está diretamente envolvida com a fertilidade feminina e masculina.
Um tema muito discutido atualmente na prática clínica é a fertilidade. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a infertilidade afeta de 50 a 80 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, cerca de 8 milhões de indivíduos podem ser inférteis. Um fator determinante para esse quadro clínico é a idade, uma vez que os óvulos envelhecem e a produção de espermatozoides reduz sua qualidade com o tempo.
Além disso, o estilo de vida pode determinar também a saúde dos óvulos e dos espermatozoides, especialmente em relação à alimentação adotada no dia a dia. O excesso de peso é uma condição interferente na fertilidade. O excesso de ácidos graxos livres pode gerar um efeito tóxico em tecidos reprodutivos, o que causa dano celular e leva a um estado de inflamação crônica de baixo grau em fluido folicular.
Com isso, algumas modificações dietéticas podem favorecer o equilíbrio reprodutivo e auxiliar na prevenção da infertilidade.
Veja a seguir:
- Incluir pelo menos 2 porções de frutas orgânicas ao dia. Essa é uma forma de aumentar a ingestão de nutrientes e antioxidantes, livres de pesticidas e agrotóxicos que podem ocasionar uma desregulação hormonal.
- Evitar o consumo de doces e farinhas brancas refinadas, pois aumentam os níveis de glicose e insulina, além de favorecer o aumento de peso, comprometendo a fertilidade.
- Usar azeite de oliva extra virgem com acidez abaixo de 0,5% como principal fonte de gordura, pelo potente efeito antioxidante.
- Reduza o consumo de produtos lácteos e carne vermelha, para amenizar os processos inflamatórios do corpo.
- Especialmente para homens, é indicado o aumento do consumo de alimentos fonte de selênio e zinco (castanhas, nozes, grãos integrais). Esses minerais são essenciais para a produção de esperma saudável.
Atualmente, o nutricionista possui uma grande variedade de ferramentas para conseguir adequar os fatores nutricionais, de maneira individualizada, em busca de corrigir eventuais falhas, deficiências e estipular quantidades adequadas para cuidar da saúde reprodutiva feminina e masculina.
FONTE: Informações | Roberta Lara é nutricionista e colaboradora da página sobre nutrição “5 minutos de nutrição”