ter, 22 de abril de 2025

Família e amigos de médica esfaqueada e deixada morta em mala fazem protesto na frente de fórum onde namorado é julgado

Davi Izaque Silva foi denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe, crueldade, feminicídio e recurso que dificultou a defesa da vítima. Corpo de Thallita Fernandes foi encontrado pela polícia em apartamento em Rio Preto (SP), em agosto de 2023.

Parentes e amigos da médica Thallita da Cruz Fernandes, esfaqueada e achada morta dentro de uma mala em um apartamento em São José do Rio Preto (SP), fizeram um protesto nesta terça-feira (22), em frente ao fórum onde o namorado da vítima passa por júri popular acusado do crime.

Com cartazes, parentes, amigos e estudantes da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) onde Thallita se formou pedem justiça.

Juliana Fernandes, mãe da vítima, saiu de Guaratinguetá (SP) até Rio Preto para acompanhar o júri popular. Durante o protesto em frente ao fórum, a mãe falou com a TV TEM sobre o julgamento.

“O mínimo que pode acontecer é que a justiça seja feita, mas a justiça mesmo. O que eu falo assim é que a gente não pode pensar que é só mais uma, que não vai dar em nada. Eu acredito na Justiça e eu acredito que a Thalita vai mudar isso”, desabafa.

A mãe relembra como a filha era querida e diz que espera que o acusado seja condenado.

“É tudo que a gente viu, como ela era querida, depois a força dela. Eu acho que ela vai mudar isso, de a gente achar que daqui a pouco está solto. Eu acho que vai ser diferente, precisa ser diferente. É isso que eu espero hoje aqui, que ele pague, sem privilégios”, diz.

Júri popular

Davi Izaque Martins Silva, de 29 anos, passa por júri popular nesta terça-feira, no Fórum de São José do Rio Preto.

O acusado foi denunciado pelo Ministério Público (MP) em setembro de 2023, com base no indiciamento da Polícia Civil, por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, à traição e feminicídio.

A denúncia ainda atribuiu ao acusado a tentativa de ocultação de cadáver, tipificação aceita pela Justiça. A determinação do júri popular foi publicada no Diário Oficial da Justiça em 16 de junho de 2024.

O MP prevê pena máxima para o acusado, que é de 30 anos de prisão. A determinação pelo júri popular é do juiz Eduardo Garcia Albuquerque, da 4ª Vara Criminal. O g1 tenta contato com o advogado de defesa de Davi Izaque.

À época, o inquérito foi concluído pelo delegado responsável pelo caso, Alceu Lima de Oliveira, por meio da Divisão Especialização em Investigações Criminais (Deic).

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