Família de homem morto a tiros em Votuporanga doa órgãos salvando outras vidas

Rins, fígado e córneas foram retirados, beneficiando pacientes

A família do votuporanguense Henrique de Oliveira da Silva, 37 anos de idade, que morreu no último sábado, dia 16, após ficar uma semana internado na Santa Casa vítima de disparos de arma de fogo, em um gesto de amor e solidariedade, autorizou a doação de seus órgãos, salvando diversas vidas em Votuporanga. O crime aconteceu na noite do sábado, dia 9/12, no bairro Estação – próximo a Escola Estadual “Esmeralda Sanches da Rocha” -zona sul de Votuporanga.

Conforme a notícia divulgada pelo votunews.com.br, um homem pilotava uma motocicleta quando ao se aproximar da vítima disparou pelo menos quatro tiros, atingindo várias partes do corpo de Henrique. Imediatamente, a equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) socorreu a vítima até o pronto socorro da Santa Casa de Votuporanga, vindo a óbito na madrugada do último sábado. As causas deste crime estão sendo apuradas pela equipe da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga.

DOAÇÃO DE VÁRIOS ÓRGÃOS

Conforme informações colhidas pela reportagem do www.votunews.com.br, familiares autorizaram a doação de órgãos da vítima em um ato de amor e solidariedade, que salva vidas. A Santa Casa de Votuporanga, através da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), realizou no sábado (16/12) a captação de múltiplos órgãos.

Nessa jornada de esperança, foram doados dois rins, fígado e córneas de um paciente de 37 anos, morador de Votuporanga, abrindo caminho para oportunidades de transplante que podem transformar o destino de pessoas em espera por uma segunda chance de vida.

A captação de órgãos é um procedimento complexo e delicado, envolvendo uma equipe multidisciplinar altamente treinada. A colaboração entre cirurgiões, enfermeiros e profissionais da saúde foi fundamental para o êxito desse ato de generosidade.

O procedimento teve a duração de aproximadamente cinco horas e foi acompanhado pela equipe da CIHDOTT e profissionais da OPO-SJRP (Organização de Procura de Órgãos do Hospital de Base). Assim que é constatada a morte encefálica ou parada cardiorrespiratória, diálogo entre os profissionais e os familiares é realizado de forma cuidadosa e humanizada, respeitando o momento de dor pela perda do ente querido. A partir daí, a Central de Transplantes foi notificada e articulou a operação. Para o processo acontecer, foi fundamental a colaboração e apoio das equipes de Emergência, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Centro Cirúrgico, CIHDOTT e administração, além do trabalho de todos do Hospital.

Os critérios para doação de órgãos são bastante rigorosos e específicos, a Instituição precisa seguir normas/protocolos estabelecidos e as etapas necessárias para a efetivação do processo.  “A Comissão realiza trabalho de abordagem fundamental para esse processo de captação, é uma tarefa árdua e que apresenta um gesto nobre de amor ao próximo. Aproveito para agradecer também as famílias dos doadores, mesmo em um momento de dor, vocês pensaram no próximo, o sim de vocês deu uma nova chance para os pacientes transplantados”, disse a coordenadora da Comissão, Fernanda Bueno Medeiros.A Importância da Doação de ÓrgãosA doação de órgãos é um ato que salva vidas, proporcionando esperança a indivíduos que enfrentam condições médicas críticas. A Santa Casa, ao realizar essas captações, destaca a importância da conscientização sobre a doação de órgãos e a necessidade contínua de incentivar a generosidade daqueles que podem oferecer esse presente valioso. “No Brasil, a doação de órgãos só é realizada mediante autorização familiar, de acordo com a legislação, sendo essa a única maneira legal de garantir efetivamente que a vontade do doador seja respeitada”, enfatizou a enfermeira clínica Juliana Faria Elizei.

A escolha de quem recebe o órgão é determinada pela Central de Transplantes do ministério, que cruza as informações do doador com as de quem está na lista, avaliando, por exemplo, tempo de espera, idade e padrão de compatibilidade sanguínea e imunológica. O processo é sigiloso e não há contato entre doador e receptor.

A bem-sucedida captação de rins, fígado e córneas pelo Hospital é um testemunho do compromisso da Instituição com a vida e a esperança. Essa conquista não apenas salva vidas diretamente, mas também inspira a comunidade a considerar a doação de órgãos como um gesto de amor ao próximo. Num mundo onde a solidariedade é fundamental, a Santa Casa destaca-se como uma luz de esperança, construindo pontes entre a tragédia e a oportunidade de uma nova vida para aqueles que aguardam ansiosamente por ela.

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