Problema é provocado pela falta de pagamento das profissionais responsáveis por cuidar dos estudantes.
A falta de cuidadoras está impedindo alunos portadores de deficiência de frequentarem aulas em escolas estaduais de Jales/SP.
Segundo informações apuradas pela imprensa, o problema é provocado pela falta de pagamento das profissionais responsáveis por cuidar dos estudantes.
A coordenadora das cuidadoras confirmou a informação e afirmou que 19 mulheres, que trabalham em 13 cidades da região de Jales, estão sem receber salário. O valor não está sendo repassado pela empresa que é contratada pelo Estado de São Paulo.
A dona de casa Sandra Failli Mendes conta que o filho não vai à escola há três semanas. Como o adolescente, de 13 anos, precisa de cuidados e não pode ficar sozinho, ela não está conseguindo trabalhar. “Isso o prejudica porque ele gosta de ir para a escola. No período que ele vai, eu consigo fazer bicos para sustentar a casa. Somos somente eu e ele. Por isso, estou ficando com ele em período integral”, afirma Sandra.
De acordo com a empresária Viviane Barros Grotto, a mesma situação ocorre com o filho, de 13 anos. A diferença é que ela consegue acompanhar o menino na escola quando a cuidadora não vai trabalhar. “Nós ficamos frustrados. É um descaso muito grande não só conosco, mas com nossos filhos. Existem mães que não estão mandando as crianças porque não têm como levar e acompanhar”, diz Viviane.
A cuidadora Maira Buzo alega que deixou de trabalhar, pois não recebia o pagamento há dois meses. Atualmente, ela está desempregada e ainda espera o acerto relativo ao período que exerceu a profissão. “Eu recebi somente a primeira semana do primeiro mês que trabalhei. A mãe do menino que eu acompanhava chegou a me fazer uma proposta, mas acho injusto ela pagar por algo que o estado deve oferecer”, afirma a cuidadora.
A Diretoria Regional de Ensino de Jales informou que já notificou a empresa responsável pelas cuidadoras e que pode rescindir o contrato com ela. Além disso, também afirmou que já abriu processo para contratar novos profissionais.
A imprensa entrou em contato com a empresa por e-mail e telefone, mas não obteve resposta.
FONTE: Informações | G1 / TV TEM