Mais cedo, assim que a OEA (Organização dos Estados Americanos) afirmou que o pleito foi fraudado, Maria Eugenia Choque renunciou ao cargo, antes que Evo Morales deixasse a presidência.
A ex-presidente do Supremo Tribunal Eleitoral da Bolívia, Maria Eugenia Choque Quispe, foi presa na noite deste domingo (10) e exibida com algemas pela polícia numa entrevista coletiva. “Queremos anunciar que, graças a um trabalho minucioso da polícia boliviana, se conseguiu a detenção da presidente do Tribunal Supremo Eleitoral, María Eugenia Choque”, disse o comandante geral da polícia, Vladimir Yuri Calderón.
O vice-presidente do TSE boliviano, Antonio Costas, também foi preso e exibido ao seu lado.
O pedido de investigação e prisão da presidente e do vice-presidente do TSE boliviano, de acordo com o comandante da polícia, partiu de Juan Lanchipa Ponce, chefe do Ministério Público da Bolívia.
Mais cedo, Maria Eugenia Choque havia renunciado ao cargo, horas antes da renúncia de Evo Morales à presidência: “Por intermédio desta, faço conhecer a você minha renúncia irrevogável ao cargo de presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, para a pacificação da situação atual no Estado Plurinacional da Bolívia, reafirmando minha vontade para uma investigação justa”, disse, na carta de renúncia.
O TSE boliviano foi alvo de críticas após a realização das eleições de 20 de outubro, que apontaram vitória em primeiro turno para Morales.
Neste domingo, a OEA (Organização dos Estados Americanos) afirmou que o pleito foi fraudado. Horas depois, o então presidente, Evo Morales, afirmou que convocaria novas eleições.
No entanto, Morales renunciou no fim da tarde deste domingo (10). Ao menos três ministros, além de governadores, e outros políticos também deixaram seus cargos.
FONTE: Informações | G1