EUA divulgam novas imagens de petroleiro danificado e acusam Irã pelo ataque 

Pentágono diz que fotografias mostram militares do Irã recuperando mina que não explodiu de petroleiro no Golfo de Omã. Pentágono anunciou o envio de cerca de 1 mil militares a mais ao Oriente Médio. 

Nesta segunda-feira (17), o Pentágono divulgou novas imagens que mostrariam integrantes da Guarda Revolucionária do Irã removendo uma mina que não explodiu do Kokuka Corageous, um dos petroleiros danificados no Golfo de Omã na quinta-feira passada. 

O governo dos EUA diz que as imagens, feitas a partir de um helicóptero militar norte-americano, provam que o Irã atacou as duas embarcações. O regime iraniano vem negando a acusação. 

Após a divulgação das imagens, o Pentágono anunciou o envio de cerca de 1 mil militares a mais ao Oriente Médio. Outras fotos mostram um grande buraco na lateral do navio japonês. O Pentágono diz que uma explosão de outra mina causou o dano. 

A carga que o navio levava, de metanol, ficou intacta, segundo a empresa responsável. A rede de televisão japonesa NHK informou que o navio levava 25 mil toneladas da substância. 

Além do navio japonês, uma embarcação da Noruega chamada “Front Altair” foi atingida. O navio levava, segundo a Reuters, 75 mil toneladas de matéria-prima petroquímica ao país e saiu do porto da cidade de Ruwais, nos Emirados Árabes. 

Tensão no Oriente Médio 

Duas companhias marítimas relataram incidentes na quinta-feira (13) em que dois navios petroleiros foram danificados no Golfo de Omã. Pelo menos uma das empresas suspeita que o ocorrido foi um ataque, mas não há confirmação das causas ou de possíveis autores. 

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, sem apresentar evidências concretas, acusou o Irã de ser “responsável” pelo ocorrido. “A avaliação dos Estados Unidos é que a República Islâmica do Irã é responsável pelos ataques”, disse Pompeo a jornalistas. 

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, disse que “suspeito não começa a descrever” os incidentes, apontando que um dos petroleiros é de propriedade japonesa e que o ataque ocorreu justamente quando o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, visitava Teerã em um esforço para acalmar as tensões com Washington. A delegação do Irã na ONU também rejeitou as acusações dos Estados Unidos. 

“Os ataques a petroleiros relatados relacionados ao Japão ocorreram enquanto o primeiro-ministro se encontrava com o aiatolá (Ali Khamenei) para conversas amigáveis e extensas. Suspeito sequer começa a descrever o que provavelmente aconteceu nesta manhã”, Zarif escreveu no Twitter. 

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