qui, 16 de janeiro de 2025

Estados Unidos e Irã realizam troca de prisioneiros

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Um chinês-americano estudante de Princeton e um iraniano especialista em células tronco foram soltos e voltaram para seus países.

Um chinês-americano detido no Irã em 2016 acusado de espionagem foi libertado neste sábado (7). Em troca, um iraniano preso também foi libertado por Washington. Ambos já estão indo para seus respectivos países.

A troca foi confirmada pelo presidente americano, Donald Trump: “Depois de mais de três anos como prisioneiro no Irã, Xiyue Wang está retornando aos Estados Unidos”, disse Trump em comunicado.

“Estou feliz que o professor Massoud Soleimani e o sr. Xiyue Wang se unirão a suas famílias em breve. Muito obrigado a todos os envolvidos, principalmente ao governo suíço”, tuitou o ministro das Relações Exteriores do Irã Mohammad Javad Zarif. A Suíça representa os interesses diplomáticos americanos no Irã, desde que Washington e Teerã cortaram relações logo após a Revolução Islâmica de 1979.

Wang, cidadão americano e estudante de pós-graduação da Universidade de Princeton, estava realizando pesquisa para sua dissertação no Irã em 2016, quando foi detido e acusado de “espionar sob o disfarce da pesquisa”. Depois, em 2017, foi condenado a 10 anos de prisão por espionagem.

Soleimani, especialista em células-tronco, foi preso no aeroporto de Chicago em outubro de 2018 por supostamente tentar exportar materiais biológicos para o Irã, violando as sanções importas pelos EUA ao Irã em razão de seu programa nuclear.

Washington exige ainda a libertação de outros prisioneiros, incluindo pai e filho Siamak e Baquer Namazi, Michael R. White, um veterano da Marinha preso no ano passado, e Robert Levinson, um ex-agente do FBI desaparecido desde 2007.

Várias dezenas de iranianos estão detidos nos EUA prisões, muitas delas por violar sanções.

As tensões entre os dois países aumentaram desde que Trump retirou os EUA de um acordo nuclear de 2015 entre o Irã e seis grandes potências, reimpondo sanções que prejudicam a economia iraniana.

FONTE: Informações | O GLOBO