qua, 15 de janeiro de 2025

Estado fecha UTIs na região de Rio Preto e concentra no HB atendimento a pacientes graves

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Hospital de Base de Rio Preto terá de absorver a demanda por leitos de UTI Covid em toda a região, já que o Estado fechou as vagas existentes nas Santas Casas de Fernandópolis, Jales e Votuporanga

O governo do Estado determinou o fechamento de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados à Covid-19 em Santas Casas da região de Rio Preto, repassando ao Hospital de Base (HB) o atendimento dos pacientes graves pelo vírus. O hospital informou nesta segunda-feira, 20, que possui 66 leitos de UTI, além de outros 65 de enfermaria Covid.

“Estamos em tratativas com o Estado para definir o número de leitos de UTIs e de enfermaria para absorver possível demanda de pacientes diagnosticados com o vírus em sua região de atuação, DRS-15, sem a necessidade de recriação de leitos no atual cenário de pandemia. Com a redução da demanda de internações por Covid-19, o HB tem hoje, dia 20 de dezembro, 21 pacientes na enfermaria e 7 na UTI Covid”, afirmou a assessoria do HB em nota.

Na região, as unidades da Santa Casa de Fernandópolis, Jales e Votuporanga deixaram de atender pacientes graves com coronavírus. A regra é transferir para o HB. Fernandópolis chegou a ter 10 leitos de UTI, 13 leitos de enfermaria (ambos via SUS) e 5 leitos de enfermaria via convênios/particular durante a pandemia. Nesta segunda-feira, dia 20, não tinha nenhum paciente internado.

Segundo a Santa Casa de Fernandópolis, as desativações dos leitos foram feitas gradualmente. “De 1 a 15 de dezembro, por exemplo, tínhamos 5 leitos de UTI e 3 leitos de enfermaria (via SUS). Mesmo antes da determinação da DRS, não tínhamos nenhum paciente internado por Covid-19 em um dos nossos leitos”.

Em Votuporanga, que chegou a ter 19 leitos de UTI e 17 de enfermaria no pior momento da pandemia, desde o início de dezembro a Santa Casa não recebe pacientes com Covid-19. “O credenciamento de leitos SUS depende da liberação do Ministério de Saúde e, como não houve publicação até o momento, caso haja necessidade de internação, os pacientes serão encaminhados para o Hospital de Base”.

No caso da Santa Casa de Jales, dois pacientes estavam internados com Covid-19 na enfermaria nesta segunda-feira. Entretanto, os leitos também serão desativados assim que os pacientes tiverem alta. “Do pior momento até a desmobilização, tivemos um total de 4 leitos UTI e 18 leitos enfermaria Covid-19”, informou.

Também houve redução de leitos em Catanduva. Segundo a Fundação Padre Albino, atualmente, o hospital Emílio Carlos opera com 10 leitos de UTI Covid. No pior momento da pandemia, chegou a ter 35. Apesar da redução, o hospital opera com 90% de ocupação.

Redução

Em Rio Preto, a Santa Casa vai reduzir em 50% a quantidade de leitos de UTI Covid, passando de 36 para 18, a partir de janeiro de 2022. “Por enquanto está tranquilo. A partir de janeiro teremos 18 leitos UTI Covid e oito vagas na enfermaria. Atualmente, são 36 de UTI e 12 de enfermaria”, afirmou o provedor da Santa Casa, Nadim Cury. No pico da pandemia, eram 48 leitos de UTI.

De acordo com Cury, 12 pessoas estão internadas na UTI Covid no hospital. Ele alerta que muitos pacientes se recuperam do coronavírus, mas enfrentam o pós-coronavírus, com registros de casos de infarto, trombose, hepatite, entre outras doenças. A Santa Casa recebe R$ 1,6 mil por dia para manter o leito de Covid no município.

A Secretaria de Saúde de Rio Preto informou nesta segunda-feira, 20, que a taxa de ocupação atual de leitos da UTI está em 16%.

Menos leitos

O Departamento Regional de Saúde (DRS) de Rio Preto atingiu o menor número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o mês de maio do ano passado: são 167, o que equivale a 11,5 leitos a cada 100 mil habitantes da região, segundo dados da Secretaria estadual de Saúde. Desde maio, quando o Estado passou a divulgar os números por região, eram 195 – ou seja, 12,7 leitos por grupo de 100 mil pessoas.

A redução de leitos é atribuída ao avanço da vacinação, que derrubou o número de casos e mortes diárias pelo coronavírus. A média casos positivos está em cerca de 20 na região – já chegou a ser de 1,4 mil – e a de mortes está em quatro – em abril deste ano, foram produzidos 50 mortes por dia. Todos os dados constam no portal do Governo do Estado.

O Ministério da Saúde publicou nota técnica na manhã desta segunda-feira, 20, na qual estabelece uma quarto dose do imunizante, a ser aplicada quatro meses depois da terceira em todos os imunocomprometidos acima dos 18 anos.A nota é assinada por Rosana de Leite Melo, secretária executiva de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde. No documento, ela frisa “a capacidade das diferentes vacinas em induzir memória imunológica, bem como de amplificar a resposta imune com dose de reforço ao esquema vacinal inicial na população em geral acima de 18 anos de idade no Brasil”.

Para aqueles que têm 18 anos ou mais e foram imunizados com a vacina de aplicação única da Janssen, a dose de reforço (segunda) deve ser administrada dois meses depois. Já gestantes e puérperas (45 dias após o parto) devem receber o reforço cinco meses após completarem o esquema vacinal – o imunizante indicado é o da Pfizer.

A ideia de uma quarta dose foi inicialmente apresentada por Rosana em 8 de outubro, durante reunião com a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI). Na ocasião, a secretária apresentou quatro cenários possíveis de planejamento da compra de vacinas para 2022. Em dois dos modelos propostos, o governo federal previa a vacinação semestral de idosos acima dos 60 anos. (Agência Estado)

O governo de São Paulo decidiu prorrogar a obrigatoriedade do uso de máscaras até 31 de janeiro. A decisão considerou a disseminação de novas variantes da Covid-19, especialmente a Ômicron, e também o aumento de casos de gripe em parte do País.

“Lembrando que, sempre para modificação de alguma estratégia, nós continuamos nos baseando tanto no número de casos, internações e mortes, e também de situações novas, como as próprias variantes Tudo isso vai nos guiar em qualquer estratégia”, disse o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn.

No fim de novembro, a gestão João Doria (PSDB) chegou a anunciar a liberação do uso ao ar livre a partir de 11 de dezembro, mas voltou atrás na semana seguinte, antes da mudança entrar em vigor. O uso de máscaras é obrigatório no Estado de São Paulo desde 1º de julho de 2020.

Rodrigo Lima e Rone Carvalho – diarioweb.com.br