qui, 16 de janeiro de 2025

Especialistas da Sucen-SP falam da falta de inseticida em Audiência Pública da Dengue

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Diretora regional da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) de Rio Preto, Sirle Salloum Scandar, ratificou o desabastecimento do inseticida fornecido pelo Ministério da Saúde.

Com mais de 800 casos de dengue nestes primeiros dias de 2020, a Secretaria da Saúde realizou uma Audiência Pública na última semana para expor a situação da doença no Votuporanga. O estado de epidemia em que se encontra a cidade e o surgimento de novos casos a cada dia não foram motivos suficientes para atrair a população para discutir o assunto.

Além da Secretária da Saúde, Márcia Reina, participaram do encontro secretários municipais, técnicos da saúde do Município, da Sucen/SP, e da Secretaria de Estado da Saúde; alguns vereadores e imprensa.

A diretora regional da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) de Rio Preto, Sirle Salloum Scandar, ratificou o desabastecimento do inseticida fornecido pelo Ministério da Saúde. “O Ministério da Saúde comunicou ao Estado, e o Estado comunicou aos Municípios em maio de 2019 sobre o desabastecimento com relação ao inseticida”.

Segundo a especialista, as ações de prevenção são o principal meio de controle ao vetor, e advertiu quanto ao uso do veneno. “O trabalho de base é o que tem de ser feito. É a eliminação de criadouros, é a conscientização da população, capacitar o próprio morador a vistoriar o seu imóvel, e eliminando qualquer recipiente que possa acumular água. Portanto, como último recurso é o controle químico, é a aplicação de inseticida”.

Redução de eficácia 

O uso indiscriminado de inseticidas fez com que os insetos adquirissem resistência contra os componentes do produto. “Devido ao uso indiscriminado desses inseticidas no combate ao Aedes Aegypti, há municípios que já não respondem a utilização de determinados componentes, como no caso de Santos. O Malathion, inseticida aplicado nas ações de combate aqui em Votuporanga, não possui qualquer eficácia para o Município de Santos, assim como os piretróides perderam a eficácia em todo Estado de São Paulo”.