qui, 16 de janeiro de 2025

Em GO: Polícia acha R$ 1,3 milhão em Porsche apreendido em operação que investiga fabricação ilegal de remédios para emagrecer

GO

Segundo delegado, mais dois homens foram presos suspeitos de participar do esquema, que enviava medicamentos para todo o país. Ao todo, já são 11 detidos em Goiás e Minas Gerais.

A Polícia Civil de Goiás encontrou, nesta segunda-feira (9), R$ 1,3 milhão escondidos em malas e sacos que estavam dentro de um Porsche apreendido durante uma operação contra a fabricação ilegal de remédios para emagrecer, os quais eram vendidos em todo o país, pela internet. Ao todo, 11 pessoas estão presas suspeitas de participar do esquema.

A operação foi realizada na última quarta-feira (4), em Goiás e Minas Gerais, e causou o fechamento da indústria, que ficava em Cachoeira Alta, no sudoeste goiano. O delegado Rafael Gonçalves do Carmo, responsável pela investigação, explicou que a corporação só conseguiu nesta segunda-feira a autorização judicial para abrir o carro, que foi apreendido com um dos detidos durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.

Com ajuda dos bombeiros, o Porsche teve as portas e o porta-malas arrombados em Rio Verde, cidade da mesma região em que as apurações estão concentradas. No interior do carro também estavam alguns documentos de transferência bancária que serão analisados. Segundo o delegado, o dinheiro será depositado em uma conta judicial.

Mais dois presos

Os policiais também cumpriram nesta segunda-feira mandados de prisão preventiva contra dois homens suspeitos de envolvimento na produção e venda dos medicamentos falsos. Um foi preso em Rio Verde. Já o outro, em Quirinópolis.

O delegado disse que os presos ficaram em silêncio durante o depoimento oficial. Os nomes deles não foram divulgados pelo investigador.

Venda pela internet

A operação envolveu mais de 40 policiais que cumpriram mandados de prisão e busca e apreensão em Cachoeira Alta, Paranaiguara e alguns endereços em Minas Gerais. Além dos dois presos nesta segunda-feira, outras nove pessoas já tinham sido detidas suspeitas de fazer parte da produção e venda dos comprimidos.

Alguns suspeitos foram detidos em casa e outros na própria fábrica. Nos locais onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão, a corporação apreendeu milhares de cápsulas e veículos de luxo que estavam em poder dos detidos.

Não foi divulgado se a indústria tinha algum nome de fachada para disfarçar a real produção. Segundo a polícia, os criminosos vendiam os medicamentos por meio da internet, para todo o país. O delegado Carlos Roberto Batista, que também participa das investigações, informou que os comprimidos estavam se popularizando entre internautas nos últimos meses.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, por meio de nota, que “não há nenhum fabricante de medicamentos com autorização de funcionamento da Anvisa no município de Cachoeira Alta” e nenhum no Brasil registrado com os nomes usados pelos investigados nas embalagens.

FONTE: Informações | G1/GO