Menina de 6 meses chegou à unidade de saúde com sinais de espancamentos e maus-tratos. Laudo afirma que ela sofria espancamentos de forma ‘repetida e contínua’.
A bebê que sofreu ao menos 12 fraturas e diversas queimaduras pelo corpo morreu na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica do HMI (Hospital Materno Infantil), na manhã desta terça-feira (10). Segundo exames realizados pela PTC (Polícia Técnico-Científica), a criança sofria espancamentos de forma “repetida e contínua”.
Os pais estão presos suspeitos de cometer o crime contra a filha. O G1 não conseguiu localizar a defesa do casal até a última atualização desta reportagem. A delegada responsável pela investigação, Renata Vieira, disse que eles ainda não constituíram advogado de defesa.
A bebê, de 6 meses, deu entrada na unidade hospitalar na quarta-feira (5), com estado de saúde avaliado como gravíssimo. Apesar dos esforços da equipe médica, ela não resistiu.
O presidente do Conselho Tutelar de Trindade, Luiz Marcos, explica que o corpo será encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) e aguarda a chegada de um parente de primeiro grau para liberar o velório e enterro.
A expectativa, segundo o conselheiro, é que a avó materna viaje do Maranhão a Goiânia para liberar o corpo, mas a família ainda tenta arrecadar dinheiro para pagar a viagem. Os parentes do casal moram em um povoado no município de Codó/MA.
O conselheiro aponta uma segunda opção, caso algum parente não compareça: levar uma procuração ao presídio onde os pais estão presos para colher assinatura da mãe.
Pais presos
A mãe levou a bebê a um posto de saúde no Setor Laguna Park, em Trindade, na quinta-feira (5). De lá, a unidade encaminhou a criança ao HMI, onde a médica suspeitou de maus-tratos e chamou a polícia.
Os pais foram presos na sexta-feira (6) suspeitos, na ocasião, de tentativa de homicídio contra a criança. Na ocasião, o pai, de 24 anos, negou as acusações. Já a mulher, de 18, alegou que tentou proteger a filha, mas que o marido puxou as pernas e braços com força e bateu a cabeça da menina na madeira da cama.
“A mãe tinha o dever de garantir segurança a essa criança. Ela não fez nada. Percebemos que esse casal não tinha nenhum tipo de amor por essa criança”, afirmou a delegada.
Divulgado na segunda-feira (9), o laudo assinado por um médico legista da PTC informa que a criança sofreu múltiplas lesões e hematomas na cabeça e pelo resto do corpo oriundos de agressão física, além de queimaduras em várias fases de evolução.
FONTE: Informações | g1.globo.com