Roubo foi registrado na área rural de Guapiaçu/SP. Reféns ficaram trancados por mais de 6 horas até serem resgatados.
O dono de um sítio de Guapiaçu/SP afirmou que teve um prejuízo avaliado em R$ 700 mil depois que bandidos invadiram a propriedade rural dele, fizeram funcionários reféns e fugiram com defensivos agrícolas, agrotóxicos e maquinários.
De acordo com um trabalhador rural, que preferiu não se identificar, os criminosos armados invadiram a casa onde ele e a esposa moram. “Eu segurei a porta enquanto eu pude. Quando ele disse que iria atirar, eu saí da frente e eles arrombaram. Eles me renderam, colocaram uma espingarda calibre 12 na minha cabeça. Minha esposa apareceu e também foi rendida”, afirma o homem.
O caseiro e a mulher foram obrigados a usar o carro da família que estava na garagem para levar os criminosos até um sítio vizinho. “Um foi a pé por dentro do mato e os outros três no interior do veículo me ameaçando durante todo o trajeto”, conta o trabalhador.
Ainda segundo relato do trabalhador rural, quando os ladrões chegaram ao sítio, fizeram todos integrantes da família refém. “Os bandidos disseram que sabiam que tinham venenos, adubos, maquinários e óleos de máquina. Então, ele me pediu a senha e a chave do barracão. Eu respondi que não tinha e fui agredido com um soco no estômago”, conta o caseiro do segundo sítio invadido. Depois que os ladrões conseguiram entrar no barracão, os bandidos carregaram um caminhão e fugiram levando os produtos.
As vítimas foram amarradas dentro de um contêiner e permaneceram no local por cerca de 6 horas até um funcionário chegar no local. O caminhão, que era do sítio, foi abandonado e encontrado dois dias depois.
De acordo com a Polícia Civil, esse tipo de crime tem se tornado cada vez mais frequente na zona rural. “A polícia comparece nesses locais e procura por pegadas, digitais, e marcas de de pneus para conseguir informações. Qualquer tipo de informação é preciosa para identificar os suspeitos do crime”, afirma o delegado Raimundo Cortizo.
Preocupado com a criminalidade no campo, Adriano Ribeiro conta que investiu R$ 6 mil em um sistema de monitoramento para acompanhar tudo o que acontece na propriedade dele através do celular. “Devido ao grande número de roubos ocorridos na região, eu resolvi fazer um sistema de monitoramento para tentar pelo menos diminuir a possibilidade de ser uma vítima”, afirma Adriano Ribeiro.
A Polícia Militar afirma que tem feito em algumas cidades da região um trabalho de cadastramento rural para facilitar a localização das propriedades em casos de crimes. “Nós enfrentamos dificuldade na questão de o policial chegar até a propriedade. Então, esse cadastramento traz as coordenadas para a dos sítios. Assim, quando somos acionados, a localização está correta e conseguimos chegar com mais facilidade”, afirma o tenente da Polícia Militar Roberto.
FONTE: Informações | G1