Donald Trump lança campanha para reeleição à presidência dos Estados Unidos 

Atual presidente vai disputar a eleição presidencial norte-americana em 2020. “Vamos manter os EUA melhores do que nunca”, prometeu Trump em discurso, no qual atacou adversários democratas.

Na noite desta terça-feira (18), em um ginásio lotado em Orlando, na Flórida, Donald Trump, lançou sua campanha oficial pela reeleição à presidência dos Estados Unidos. O vice-presidente, Mike Pence, também estava no local. 

Trump falou durante 50 minutos antes de, finalmente, anunciar que oficialmente é candidato à reeleição. Ele afirmou que continuará lutando “por cada homem, mulher e criança” do país. “Vamos mantê-lo melhor do que nunca”, acrescentou. 

A campanha ganhou o slogan “Keep America great” – “Mantenha a América grande” – uma continuação do “Make America great again” (“Tornar a América grande de novo”) adotado na disputa de 2016. 

“Nosso país está maior e mais forte do que nunca”, disse Trump. 

No discurso, o presidente também reforçou a crítica ao Partido Democrata, de oposição. Trump afirmou que os oposicionistas radicais “querem destruir o país como o conhecemos”. 

Trump também acusou os democratas de não aceitarem o resultado da investigação do promotor especial Robert Mueller, que não incriminou nem isentou o presidente de culpa no caso do suposto conluio com a Rússia na campanha de 2016. 

Além do presidente, também falaram seu filho mais velho, Donald Trump Jr., que pediu ao público que cantasse “mais quatro anos” antes de seu pai subir ao palco, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, que recentemente anunciou que irá deixar o cargo, e a primeira-dama, Melania Trump, que afirmou “ter sido uma honra” ocupar a posição nos últimos dois anos. 

Mike Pence também pediu aos eleitores que deem mais quatro anos de mandato a Trump. “Fizemos história em 2016 e faremos história novamente em 2020, quando iremos reeleger o 45º presidente”, disse. 

Telão e ingressos 

Amway Center, local onde ocorreu o comício, tem capacidade para 20 mil pessoas, mas muita gente assistiu ao discurso do presidente do lado de fora, onde um grande telão foi instalado para aqueles que não conseguiram ingresso – apesar de fortes chuvas. 

A fila para entrar começou a ser formada cerca de 40 horas antes do início do evento, quando pessoas armaram barracas ainda na madrugada de segunda-feira. Segundo o presidente, “’mais de 100 mil pedidos de ingresso” foram feitos. 

A entrada foi liberada às 17h (18h em Brasília), três antes de o republicano subir ao palco. Aproximadamente 500 jornalistas foram credenciados para cobrir o comício, inclusive para a imprensa internacional. 

A expectativa é de arrecadar US$ 7 milhões até a meia-noite, segundo um email enviado nesta terça para integrantes da campanha pelo próprio Trump, de acordo com o repórter Erik Sandoval, da emissora News6, filiada da CBS em Orlando. 

Protesto 

A alguns quarteirões do Amway Center, um protesto chamado “Win With Love” (Vença com amor) foi organizado por pessoas contrárias à reeleição de Trump. Voluntários montaram um palco em frente ao Stonewall Bar, ponto de concentração da comunidade gay de Orlando. 

À agência Associated Press, organizadores disseram considerar uma afronta que o presidente tenha escolhido para lançar sua campanha uma cidade com uma comunidade gay visível e uma grande população porto-riquenha. 

Os oponentes acusam o presidente republicano de atrasar a ajuda de emergência a Porto Rico após o furacão Maria devido a uma disputa com líderes democratas na ilha. A administração Trump também revogou proteções de saúde recém-conquistadas por pessoas transgênero, restringiu sua presença nas forças armadas e retirou as orientações federais de que os estudantes trans poderiam usar os banheiros de sua escolha. 

Pesquisa 

Tamanha empolgação de eleitores na Flórida, no entanto, não garante total tranquilidade a Trump. Uma pesquisa divulgada na noite de domingo pelo canal Fox News mostra cinco pré-candidatos democratas à frente do atual presidente. 

Joe Biden, que lidera as intenções de voto, aparece com 10 pontos a mais do que Trump, e Bernie Sanders com nove. As senadoras Elizabeth Warren, de Massachusetts, e Kamala Harris, da Califórnia, e Pete Buttigieg, prefeito de South Bend, Indiana, também têm pequenas vantagens sobre ele. 

Nos últimos dias, o presidente demitiu funcionários de sua administração responsáveis por pesquisas internas. Segundo a imprensa dos EUA, ele teria ficado irritado e afirmou que os números apresentados por eles eram mentirosos, depois que seus levantamentos também apontaram alguns pré-candidatos democratas com maiores intenções de voto do que Trump. 

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