Silmara Regina Rodrigues ficou internada durante 11 dias após receber anestésico, mas não resistiu aos ferimentos. Inquérito policial ainda continua aberto e ninguém foi indiciado. Caso ocorreu em São José do Rio Preto/SP.
A Polícia Civil ouviu a dentista suspeita de cometer imperícia médica na morte da gerente de vendas Silmara Regina Rodrigues, de 45 anos, durante os preparativos para um procedimento estético de retirada da papada, em São José do Rio Preto/SP. A imprensa entrou em contato com a profissional, que é sobrinha da vítima, mas não obteve retorno.
De acordo com o delegado responsável pelo andamento do inquérito, Luciano Birolli, a mulher prestou depoimento na tarde desta quarta-feira (6). Ela afirmou à polícia que antes de começar o procedimento realizou um teste na vítima para ver se ela teria alguma reação com a anestesia.
Ao perceber que a mulher não havia apresentado nenhum sintoma, a dentista alega que aplicou o anestésico, mas Silmara começou a sentir tonturas, retorceu um dos braços e sofreu uma convulsão.
Em seguida, a profissional afirmou que chamou o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Como o resgate não foi, o pai dela resolver socorrer a vítima. No meio do caminho, a situação piorou e ele parou para pedir ajuda em uma clínica na Avenida Alberto Andaló.
Um médico da clínica chegou a fazer massagem cardíaca até os bombeiros chegarem. Depois que os bombeiros chegaram, eles conseguiram reanimá-la e levaram-na para o Hospital de Base, onde Silmara ficou até internado, mas não resistiu.
Caso
Segundo o relato da família da vítima, ela, o marido e os filhos saíram de Franca/SP no dia 8 de outubro e foram para Rio Preto, onde seria feito o procedimento para retirada do excesso de gordura sob o queixo, conhecida como “lipopapada”.
O marido deixou a esposa no consultório da sobrinha, mas meia hora depois ele foi avisado que Silmara estava passando mal.
Em nota à imprensa, o Hospital de Base afirmou que não havia indícios de que tinha sido feito algum procedimento cirúrgico na paciente. No atestado de óbito consta que a vítima morreu em decorrência de um edema cerebral.
A reportagem conversou por telefone com o pai, que confirmou que a cirurgia não chegou a ser feita. Segundo ele, a paciente passou mal logo após a anestesia e foi socorrida pela filha.
A Vigilância Sanitária Municipal autuou a dentista por exercer a profissão em um consultório odontológico sem licença para funcionar.
O fato dela ter exercido ilegalmente a profissão será investigado pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO). Se ficar comprovada a situação, ela pode ser autuada novamente pelo órgão, que encaminhou um processo ao CFO.
A Polícia Civil ainda continua investigado o caso. Imagens de câmeras de segurança da clínica e da vizinhança devem ser analisadas. Ninguém foi indiciado.
FONTE: Informações | G1/TV TEM