qua, 05 de fevereiro de 2025

Criminosos envolvidos na morte da jovem baleada na frente dos filhos convenceram adolescente a assumir o homicídio, diz polícia

Crime ocorreu no dia 20 de agosto do ano passado em São José do Rio Preto (SP). Júnia Calixto foi atingida com mais de sete tiros. Terceiro suspeito, que forneceu a arma para o menor, segue foragido.

Os criminosos envolvidos na morte da jovem de 26 anos alvejada por mais de sete tiros na frente dos filhos, de dois e quatro anos, convenceram um adolescente a assumir o homicídio, segundo a Polícia Civil. O crime ocorreu no dia 20 de agosto do ano passado, no bairro João Paulo, em São José do Rio Preto (SP).

Um vídeo registrado por câmera de segurança mostra o momento em que o homem persegue a jovem e dispara contra ela. Assim que o revólver é descarregado, o suspeito o recarrega e volta a atirar. A mulher grita, enquanto os filhos saem correndo, assustados. Quando a mulher cai no chão, o criminoso continua disparando, até que ela perca a consciência. Depois, ele foge.

Segundo a Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic), dois homens se aproximaram da mulher em uma motocicleta, quando um deles obrigou Júnia Calixto a colocar o filho, que estava no colo, no chão. Em seguida, ele disparou contra a mulher, que morreu no local.

Durante a investigação, os policiais constataram que os três suspeitos de envolvimento no homicídio coagiram um adolescente de 14 anos a assumir o assassinato para permanecerem impunes. Em troca, eles dariam uma arma, uma motocicleta e uma quantia em dinheiro.

Por isso, entregaram a ele o revólver utilizado no assassinato de Júnia. Contudo, as investigações apontaram que ele não tinha envolvimento no homicídio. Mesmo assim, o adolescente foi apreendido e levado para a Fundação Casa, suspeito de tentar encobrir o trio e por porte ilegal de arma de fogo. Ele já cumpriu a medida socioeducativa.

Dois criminosos do assassinato já estavam presos por outros crimes, inclusive outros homicídios, e foram levados para o Centro de Detenção Provisória (CDP). Um terceiro suspeito, que forneceu a arma para o menor, segue foragido.

O trio foi indiciado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, emboscada, para assegurar a impunidade de outro crime, associação criminosa, corrupção de menor e fraude processual.

Todos os envolvidos têm antecedentes criminais e são conhecidos pela participação na chamada “guerra de bairros” em Rio Preto. A motivação do crime é desconhecida.

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