Crime ocorreu no dia 20 de agosto do ano passado em São José do Rio Preto (SP). Júnia Calixto foi atingida com mais de sete tiros. Terceiro suspeito, que forneceu a arma para o menor, segue foragido.
Os criminosos envolvidos na morte da jovem de 26 anos alvejada por mais de sete tiros na frente dos filhos, de dois e quatro anos, convenceram um adolescente a assumir o homicídio, segundo a Polícia Civil. O crime ocorreu no dia 20 de agosto do ano passado, no bairro João Paulo, em São José do Rio Preto (SP).
Um vídeo registrado por câmera de segurança mostra o momento em que o homem persegue a jovem e dispara contra ela. Assim que o revólver é descarregado, o suspeito o recarrega e volta a atirar. A mulher grita, enquanto os filhos saem correndo, assustados. Quando a mulher cai no chão, o criminoso continua disparando, até que ela perca a consciência. Depois, ele foge.
Segundo a Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic), dois homens se aproximaram da mulher em uma motocicleta, quando um deles obrigou Júnia Calixto a colocar o filho, que estava no colo, no chão. Em seguida, ele disparou contra a mulher, que morreu no local.
Durante a investigação, os policiais constataram que os três suspeitos de envolvimento no homicídio coagiram um adolescente de 14 anos a assumir o assassinato para permanecerem impunes. Em troca, eles dariam uma arma, uma motocicleta e uma quantia em dinheiro.
Por isso, entregaram a ele o revólver utilizado no assassinato de Júnia. Contudo, as investigações apontaram que ele não tinha envolvimento no homicídio. Mesmo assim, o adolescente foi apreendido e levado para a Fundação Casa, suspeito de tentar encobrir o trio e por porte ilegal de arma de fogo. Ele já cumpriu a medida socioeducativa.
Dois criminosos do assassinato já estavam presos por outros crimes, inclusive outros homicídios, e foram levados para o Centro de Detenção Provisória (CDP). Um terceiro suspeito, que forneceu a arma para o menor, segue foragido.
O trio foi indiciado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, emboscada, para assegurar a impunidade de outro crime, associação criminosa, corrupção de menor e fraude processual.
Todos os envolvidos têm antecedentes criminais e são conhecidos pela participação na chamada “guerra de bairros” em Rio Preto. A motivação do crime é desconhecida.