Higienização das mãos e de superfícies são fundamentais para evitar transmissão, de acordo com infectologistas. Saiba mais.
A prevenção da transmissão do novo coronavírus deve ser feita, principalmente, pela higienização das mãos e de superfícies que possam estar contaminadas.
De acordo com Rosana Richtmann, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, e membro da sociedade Brasileira de Infectologia, é recomendável portar álcool 70 para limpar prontamente as mãos antes de encostar em áreas como olho, nariz e boca.
“Como a contaminação se dá através de gotículas [que saem da pessoa infectada por meio de tosse, espirro e fala], o vírus pode estar em qualquer superfície: em maçanetas, mesas, bancadas. Você pode tocar nessas superfícies, contaminar a mão, e depois tocar rosto, boca e olhos, que são portas abertas para o vírus entrar no organismo”, explicou Richtmann.
Segundo a infectologista, a higienização pode ser feita com água e sabão ou álcool gel, mas nunca apenas com água.
Além das mãos, também é recomendável limpar com desinfetantes superfícies que possam estar infectadas e se manter a uma distância mínima de um metro de pessoas que estejam espirrando ou tossindo.
Cumprimentos sem beijinho no rosto
A infectologista Ho Yeh Li, da Faculdade de Medicina da USP, recomenda algumas mudanças de hábito. “Sempre que há circulação de vírus respiratório, precisamos parar de cumprimentar com beijinhos no rosto”, afirma ela.
Ao espirrar, diz, é recomendável colocar o antebraço ou um lenço na frente do nariz e boca. Além disso, é preciso entender que ir ao trabalho com sintomas de gripe implica expor potencialmente outras pessoas à doença, segundo a especialista.
Já o uso de máscaras é mais recomendado para quem estiver em contato com alguém com qualquer sintoma gripal, de acordo com Wladimir Queiroz, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, especialista em doenças infecciosas e parasitárias e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Viagens
Questionado sobre casos de pessoas que tenham viagens programadas para o exterior, o Ministro da Saúde, Henrique Mandetta, disse que “vale a regra do bom senso”, mas que não se pode parar a vida. “Se não é necessário, para que programar uma viagem para um local preocupante?”, disse o ministro.
“Se o Brasil, daqui a pouco tiver um número de casos sustentados, tanto faz pra gente”, completou Mandetta.
FONTE: Informações | g1.globo.com