Cauê Zaratin Teixeira, de Araçatuba (SP), se formou aos 24 anos. Agora, ele tem o objetivo de um dia abrir a própria academia para ajudar as pessoas a terem mais qualidade de vida
Aos 24 anos, um jovem de Araçatuba (SP) quebrou as barreiras do preconceito e realizou o sonho de se formar em educação física.
Cauê Zaratin Teixeira tem Síndrome de Down, mas a condição nunca o impediu de praticar esporte e gostar do assunto.
“Além de eu gostar de educação física, sempre pratiquei esporte como judô, vôlei, natação, handebol e queimada”, conta.
Diante da facilidade com o esporte, Cauê ingressou na faculdade de educação física. Durante a graduação, ele contou com o apoio da família, colegas e também dos professores, que chegaram a fazer algumas adaptações nas aulas.
“Durante as aulas os professores me ajudavam a ler as perguntas da prova e a reler a revisão, além de sempre optarem por levar slides com mais imagens. Assim, os assuntos ficavam mais claros”, lembra.
A formatura do novo educador físico foi em dezembro de 2023. Agora, o objetivo dele um dia poder abrir a própria academia para ajudar as pessoas a terem mais qualidade de vida. “Fiquei muito feliz por quebrar barreiras e ter chegado no final do curso. Realizei um dos meus sonhos” , afirma Cauê ao g1.
Para a neuropsicopedagoga e pedagoga Luciana Teixeira, mãe de Cauê, a orientação aos pais que têm filhos com a síndrome é que procurem orientação multidisciplinar, saibam dosar e desafiar os filhos, e os tratem com normalidade, sem criar expectativas exageradas. “O trabalho da instituição [faculdade] foi crucial no processo de inclusão do Cauê. É preciso mostrar que a inclusão é possível quando se tem o respeito, disponibilidade, amor, acolhimento e o mais importante de tudo, a ética.” *Colaborou sob supervisão de Heloísa Casonato.
