Delegado da Polícia Federal afirmou que 32 suspeitos foram presos desde o início da investigação do crime que deixou moradores de Araçatuba (SP) mortos no dia 30 de agosto
A Polícia Federal prendeu 32 pessoas desde que passou a investigar o mega-assalto às agências bancárias de Araçatuba (SP), registrado no dia 30 de agosto. Diante dos resultados, a PF considera afirma que grande parte do grupo está desarticulada.
“Considerando os resultados e o número de prisões, pode-se dizer que grande parte está desarticulada. Inclusive, alguns que sabem que vão ser identificados, serão presos e estão tentando fugir. Mas vamos conseguir alcançar todos eles”, disse Cristiano Pádua, delegado da PF que coordena a investigação do caso durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (16).
Ainda de acordo com o delegado, a quadrilha se dividia por núcleos que atuavam em diferentes áreas, como os olheiros, compradores de veículos usados no crime, os responsáveis pelos explosivos e os criminosos armados que invadiram as agências e fizeram reféns.
“Fazemos a investigação dividindo por núcleos, que é a forma como a organização criminosa age. Eles dividem funções que é geralmente como uma organização criminosa trabalha. Hoje, com o desenrolar da investigação, conseguimos prender indivíduos de todos esses núcleos e continuamos investigação para identificar todos os outros que participaram.”
“Pode-se dizer que dentro dos 32 presos, a gente já tem alguns indivíduos do núcleo principal, inclusive aqueles que estavam no local no momento, fizeram vítimas, utilizaram como escudo humano, trocaram tiros com policiais. Do núcleo principal podemos considerar tanto de quem estava no financiamento quanto daqueles que estavam na contenção, diretamente relacionados com atos violentos e permitiram isso”, explicou o delegado.
Apenas nesta quinta-feira, 15 pessoas foram presas em uma ação que contou com mais de 90 policiais federais e com o apoio da Polícia Militar em Araçatuba, Osasco, Santo André, Guarulhos, Monte Mor (SP) e Foz do Iguaçu (PR).
A Polícia Federal é responsável pela investigação, sendo que entre os métodos utilizados está a análise de material genético por meio de objetos apreendidos. Em seguida, é feito o cruzamento de dados para buscar novas provas e envolvidos no crime.
A instituição considera uma investigação complexa, mas afirma que outras fases da operação serão deflagradas até que todos os suspeitos sejam identificados. A PF estima que cerca de 50 pessoas estejam envolvidas no crime.
“Grande parte indivíduos que estamos investigando e foram presos possui antecedentes criminais, muitos deles, infelizmente, com reincidência específica, porque anteriormente foram presos pelo mesmo crime, como roubo a bancos em alguns casos.”