Pico do fenômeno ocorreu entre terça (13) e quarta-feira (14); astrônomo de Nhandeara (SP) flagrou as ‘estrelas cadentes’
Meteoros Geminídeas foram registrados em Nhandeara, no interior de São Paulo. O fenômeno é o último do ano e é possível visualizá-lo até sábado (17).
Imagens feitas pela da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) na madrugada de quarta-feira (14) foram compartilhadas com o g1 pelo astrônomo Renato Poltronieri.
Os vídeos mostram dois meteoros cruzando o céu da cidade ao mesmo tempo. Em outro horário, um meteoro pôde ser visto a olho nu.
“Este ano ela surgiu bonita, depois de alguns anos sem muitos meteoros. O pico foi no dia 13, mas aqui em Nhandeara o céu estava fechado. Foi possível ver, mas bem pouco. Os registros são do dia 14, mas já são um presente de Natal”, conta Renato.
O astrônomo afirma que ainda é possível ver o fenômeno no céu da região. Basta olhar para o Leste, por volta das 4h. Não é necessário nenhum equipamento especial, como luneta ou telescópio.
Origem rara
As Geminídeas talvez seja o único caso conhecido de ter como origem um asteroide e não um cometa. O asteroide chama-se 3200 Phaethon e tem algumas particularidades interessantes. Ele foi o primeiro asteroide descoberto por um telescópio espacial, o satélite IRAS em 1983, sete anos antes do Hubble ser lançado.
O 3200 Phaethon tem uma característica peculiar, ele é o asteroide conhecido que mais se aproxima do Sol, chegando a uma distância de 21 milhões de km, ou apenas um terço da distância de Mercúrio ao Sol. Quando ele chega a esta distância, estima-se que a temperatura em sua superfície atinja algo como 750º centígrados.
G1
Foto: Renato Poltronieri/Bramon