Imagens captadas por satélites mostram construção feita pelas autoridades do país persa, um dos mais afetados pela pandemia. O governo persa afirma oficialmente ter havido 429 mortes em decorrência da COVID-19 e diz que mais de 10 mil pessoas ficaram doentes, entre eles um membro do parlamento, um ex-diplomata e até um conselheiro sênior do Líder Supremo, além do vice-presidente.
Imagens captadas por satélite mostram ter surgido uma atividade incomum em um cemitério perto de onde as primeiras infecções pelo coronavírus surgiram no Irã.
No complexo de Behesht-e Masoumeh, em Qom, cerca de 130 quilômetros ao sul de Teerã, houve a escavação de uma nova seção do cemitério no dia 21 de fevereiro, que se expandiu rapidamente nos dias seguintes. O local, com tamanho de um campo de futebol, passou a ser visível do espaço.
É o que mostram imagens feitas pela empresa americana de tecnologia Maxar Technologies e cedidas ao jornal “Washington Post” nesta quinta-feira (12). De acordo com análises de especialistas, os túmulos foram cavados para acomodar o crescente número de vítimas de vírus em Qom.
O Irã é um dos países mais afetados pela pandemia de coronavírus. O governo persa afirma oficialmente ter havido 429 mortes em decorrência da COVID-19 e diz que mais de 10 mil pessoas ficaram doentes, entre eles um membro do parlamento, um ex-diplomata e até um conselheiro sênior do Líder Supremo, além do vice-presidente.
Em Qom, onde está localizado o cemitério, não houve divulgação do número de mortos. Oficialmente, 846 pessoas contraíram o vírus, mas vídeos, imagens de satélite e outras evidências indicam que o número é muito maior.
Um analista sênior de imagens da Maxar Technologies foi consultado sobre o tamanho das trincheiras e a velocidade com que foram escavadas. Segundo ele, cujo nome foi preservado, há indícios de que o governo abandonou as práticas locais de sepultamento, que levam mais tempo.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram longas filas para enterro de vítimas do coronavírus. O analista também pontuou haver uma grande pilha de limão na região do cemitério. A fruta é usada nesses casos para minimizar a deterioração e o odor em valas comuns.
As autoridades de saúde iranianas confirmaram o uso de de cal para enterrar as vítimas nas últimas semanas.
FONTE: Informações | vogue.globo.com