Mariana Bazza foi morta após receber ajuda para trocar pneu do carro em Bariri/SP. Ministério Público ofereceu denúncia na Justiça por latrocínio e também estupro e ocultação de cadáver. O MP ressalta, ainda, que o acusado é multireincidente – ele já cumpriu pena de 16 anos por crime de roubou, sequestro, extorsão e latrocínio tentado, e tinha saído da cadeia cerca de 30 dias antes do crime.
O laudo necroscópico do IML (Instituto Médico Legal) de Araraquara/SP apontou que a universitária Mariana Bazza foi estuprada antes de ser morta em Bariri/SP. O documento faz parte dos autos da denúncia do Ministério Público encaminhada à Justiça nesta semana contra Rodrigo Pereira Alves.
A reportagem teve acesso, com exclusividade, ao documento que denuncia Rodrigo, de 37 anos, por estupro, latrocínio e ocultação de cadáver. A denúncia foi aceita pela Justiça nesta quinta-feira (10).
Segundo o laudo, Rodrigo atraiu a jovem para a chácara com a promessa de consertar o pneu do carro – que segundo o Ministério Público, ele mesmo esvaziou. Após ameaçar a vítima com uma faca ele usou pedaços da blusa dela para vendá-la e amordaçá-la.
O laudo também aponta que Mariana foi morta ainda na chácara, asfixiada com um pedaço da mesma blusa.
Ainda segundo a denúncia do MP, após o crime Rodrigo roubou o carro, a carteira da vítima com documentos pessoais, R$ 110 em dinheiro, o celular dela e uma caixa de som.
O corpo de Mariana foi encontrado na manhã do dia 25 de setembro em uma área de canavial na zona rural de Ibitinga/SP.
Após deixar o corpo da jovem no canavial, Rodrigo abandonou o carro perto de um cemitério em Itápolis/SP. Ele chegou a ser visto por policiais dentro do cemitério, mas conseguiu fugir e foi localizado na casa de um parente, escondido no telhado.
Na denúncia, o Ministério Público afirma que há provas da materialidade do crime e de autoria que implicam Rodrigo. O MP ressalta, ainda, que o acusado é multireincidente – ele já cumpriu pena de 16 anos por crime de roubou, sequestro, extorsão e latrocínio tentado, e tinha saído da cadeia cerca de 30 dias antes do crime.
Ajuda para trocar pneu
Uma câmera de segurança da academia registrou quando Rodrigo aborda Mariana para falar que o pneu estava murcho.
Segundo a amiga da vítima, Heloísa Passarello, foi Rodrigo quem avisou que o pneu estava murcho. O homem estava com um celular quando ofereceu ajuda e insistiu para que ela aceitasse.
Nas imagens dá para ver os dois conversando quando Rodrigo atravessa a avenida e entra em uma chácara, onde ele trabalhava como pintor.
Logo após a amiga deixar o local, Rodrigo volta e conversa mais um pouco com Mariana, até que ela entra no carro, dá volta na avenida e entra na chácara.
No imóvel, o suspeito trocou o pneu do carro de Mariana. A jovem chegou a fazer uma foto dele trocando o pneu e mandou para parentes.
Após a ajuda, o carro de Mariana aparece no vídeo deixando a chácara. A polícia diz que Rodrigo estava na direção do veículo.
Além da foto, Mariana chegou a mandar mensagens ao namorado. A imprensa teve acesso à conversa entre Mariana e Jefferson Vianna. Nas mensagens pelo WhatsApp, é possível ver que a universitária avisa sobre o pneu furado, os procedimentos que estavam sendo feitos e que recebia ajuda do suspeito. Mariana e o namorado mantiveram contato até 8h36. Uma das últimas mensagens da jovem foi “terça-feira pesada”.
FONTE: Informações | G1/TVTEM