Bolsonaristas liberam Rodovia Euclides da Cunha e fazem ato na Praça Cívica e Tiro de Guerra de Votuporanga

Manifestantes estiveram as margens na SP-320, palco do bloqueio em Votuporanga, porém, sem novas interrupções de tráfego.

O grupo de manifestantes, caminhoneiros, que bloqueava o Km 522 da Rodovia Euclides da Cunha (SP-320), próximo ao Auto Posto Trevão, no perímetro urbano de Votuporanga/SP, liberou a pista ainda no final da tarde desta terça-feira (1º.nov). Nesta quarta-feira, feriado nacional de Finados, centenas de bolsonaristas voltaram ao palco do bloqueio em manifestação, porém, sem novas interrupções de tráfego.

Realizada ainda pela manhã, a movimentação pacífica foi acompanhada pela Polícia Militar. O grupo também realizou um ato na Praça Cívica, tradicional ponto de manifestações políticas em Votuporanga; além de carreta pelas ruas da cidade.

Em municípios do noroeste paulista, como São José do Rio Preto e Araçatuba, ao menos 16 pontos de bloqueios e manifestações foram registrados na manhã desta quarta-feira. Já em Fernandópolis, também na SP-320, o bloqueio completamente esvaziado ainda pela manhã. 

Efeito dos bloqueios  

Os protestos pró-Bolsonaro contra o resultado nas urnas causaram desabastecimento em Votuporanga, principalmente, de combustíveis.  

Ainda na manhã de terça-feira, pouco mais de 30 horas após o início das manifestações em ao menos 21 estados do país, filas foram registradas em postos votuporanguenses, onde os motoristas esperaram um pouco mais para abastecer. No final da tarde, alguns postos já não tinham etanol e gasolina. 

Ao Diário de Votuporanga, o diretor do posto Trevão, Tadeu Honorio, explicou que dificuldade dos estoques dos aditivos é em decorrência aos bloqueios em rodovias estaduais e federais no estado e em outras unidades da federação. Salientando que os caminhões, que normalmente abastecem Votuporanga estão parados em bloqueios da região, como São José do Rio Preto, Jales e Santa Fé do Sul.  

O gestor afirmou ainda que o prazo para regularização na distribuição é de até dois dias após a liberação das rodovias, uma vez que, quando cessado os bloqueios, haverá um ‘congestionamento’ de caminhões nas distribuidoras. 

Havia ainda o receio de desabastecimento e prejuízo na oferta de produtos em supermercados. Segundo José Luis Sanches, diretor regional da Associação Paulista de Supermercados (APAS): “Trabalhamos com estoques de uma semana. Se essa paralisação durar mais um pouco, não vamos ter todos os produtos para os consumidores”, explicou. 

Outro setor afetado na região, as empresas de transportes intermunicipais e interestaduais comunicaram que o cancelamento das viagens foi necessário e passagens adquiridas pelos clientes poderão ser usadas em datas posteriores. Porém, com o fim dos bloqueios na região, as passagens voltaram a ser emitidas.

Motivação 

A movimentação, em alguns lugares do Brasil, começou ainda no início da noite de domingo (30.out), logo após o anúncio do resultado das eleições gerais que conferiu vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) na disputa da Presidência da República.  

O grupo sem liderança definida, assim como em ações deflagradas em ao menos 21 estados do país e no DF, questionaram a lisura do processo eleitoral, por conta de supostos prejuízos da campanha de Jair Bolsonaro em inserções de rádio no Nordeste; outro fator, seria um posicionamento do atual presidente que ainda não havia se manifestado publicamente desde proferida a derrota nas urnas; aparição que ocorreu no final da tarde desta terça-feira. Diário de Votuporanga 

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