Suspeito do crime fugiu; caso é investigado como feminicídio
Uma artista circense de 32 anos foi assassinada na madrugada de sábado, 6, dentro de um trailer do circo onde trabalhava, atualmente instalado na cidade de Catanduva. Ela teria sido agredida pelo namorado, de 18 anos, que fugiu após o crime.
Kauany vivia com o suspeito e rodava o Brasil com o circo, apresentando números acrobáticos e de força capilar. Antes de se instalar na avenida José Nelson Machado, em Catanduva, o Circo Encantado passou por outras cidades da região, como Mirassol e Rio Preto, e ficou parado em Votuporanga durante todo o período de restrições da pandemia.
Na madrugada deste sábado, durante uma discussão com o namorado, Kauany foi agredida e atingida por um objeto perfurante na região cervical (no pescoço). Ela não resistiu.
A perícia técnica esteve no local do crime e o caso é investigado como feminicídio. O suspeito é procurado pela polícia. O corpo de Kauany será levado para Corumbá (MS), onde será velado e enterrado. A família, inclusive, faz uma campanha para conseguir dinheiro para o traslado do corpo.
Comoção
Em sua conta oficial no Instagram, o Circo Encantado lamentou a morte da artista e informou que está prestando todos os esclarecimentos às autoridades e todo apoio aos famíliares. “Pedimos a Deus sabedoria e força aos nossos artistas e à família”, escreveu.
Em outra publicação, o circo fez uma homenagem a Kauany: “A ficha ainda não caiu! A saudade fica, o coração aperta mas sabemos que você está feliz, em um lugar lindo, levando sua alegria, seu talento, sua energia! Você ficará sempre em nossos corações! Mais que uma artista, você foi uma filha, irmã, amiga, parceira! Lembraremos de você assim, com todo esse brilho, esse sorrisão e o seu amor pelo circo”, escreveu.
Apresentações mantidas
O circo manteve as apresentações em Catanduva. Em suas redes sociais, uma das artistas, Giovanna Robatini, rebateu críticas e fez questão de reforçar que a trupe precisa trabalhar.
“A gente ficou quase dois anos sem trabalhar. A gente estava sobrevivendo de doação. Não é vergonha falar, porque a gente foi muito acolhido em Votuporanga, onde o circo ficou parado esse tempo todo”, disse a artista. Ela ainda completou: “A gente ficou com muita conta, muita coisa parada, então a gente precisa trabalhar. Vocês não sabem o quanto está sendo difícil, mas a gente precisa. Já tinha muita gente, família com criança, que já tinha comprado ingresso”.
Emocionada, Giovanna também lamentou a morte da amiga. “Ela era uma pessoa muito importante para nós. Era como alguém da família, vocês não têm ideia do quanto está sendo difícil.
Gabriel Vital – diarioweb.com.br