qui, 16 de janeiro de 2025

Argentinos, em quarentena imposta por decreto, foram às janelas para agradecer aos médicos

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Entenda as regras de isolamento que o país vizinho impôs aos moradores: as pessoas devem ficar em casa e haverá controles em vias públicas, e quem desobedecer pode ser sentenciado a até dois anos de prisão.

Os moradores de Buenos Aires foram às janelas de suas casas para aplaudir os médicos e profissionais de saúde da Argentina que combatem o novo coronavírus na noite da quinta-feira (19).

A convocação aconteceu por meio de redes sociais, e foi uma réplica de eventos semelhantes que aconteceram na Itália e na Espanha.

O governo do presidente Alberto Fernández impôs um isolamento obrigatório, que vai durar até o dia 31 de março. A ordem é manter um isolamento social, preventivo e obrigatório.

As pessoas estão obrigadas a permanecer em suas residências. Elas não podem ir ao local de trabalho e não podem transitar em vias e espaços públicos.

Nas ruas haverá controles permanentes em pontos estratégicos.

Pena de até dois anos de prisão

Pelo código penal do país, há dois artigos que podem ser usados para punir as pessoas que violarem os termos do decreto.

Um deles é de desacato a autoridades. A pena é de 15 dias a um ano de prisão. Há, no entanto, um outro artigo, que é específico para quem desacatar as medidas impostos para impedir a propagação de uma epidemia no país: a pena de prisão varia de seis meses a dois anos, segundo o código penal do país.

Eventos proibidos e as exceções

Estão proibidos todos os eventos esportivos, religiosos ou de qualquer natureza que precisam de aglomeração de pessoas. O comércio varejista e atacadista está proibido de abrir as portas – exceto os mercados de comida.

Há exceções. Profissionais de saúde, forças de segurança, forças armadas, autoridades das diferentes esferas de governo podem circular. Diplomatas e pessoas de corpos consulares estrangeiros também.

Quem precisar dar assistência a familiares ou tiver que se locomover por uma força maior também estão liberados.

Enterros e velórios não podem ter aglomerações.

A indústria da alimentação está isenta das novas regras. Além dela, também as de telecomunicações e a imprensa.

O transporte público, de mercadorias, de óleo, de distribuição de alimentos, de medicamentos, de produtos de higiene e limpeza também são exceções.

O governo determinou que os assalariados deverão receber seus salários na íntegra durante o período de isolamento social preventivo obrigatório.

Os aposentados vão receber um bônus, e foram estabelecidos tetos de preços para uma série de produtos alimentícios e de higiene.

FONTE: Informações | g1.globo.com