Fernando Furquim Corrêa Filho, de Araçatuba (SP), já escreveu três obras e inspira colegas de turma
O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) não foi um empecilho para que um estudante e Araçatuba (SP) realizasse o sonho de ser escritor. Aos 13 anos, Fernando Furquim Corrêa Filho já é autor de três livros.
Quando completou nove anos, o garoto foi diagnosticado com o transtorno em grau leve. Fernando passou a trocar os brinquedos pelo caderno e caneta, enquanto a família, que não conhecia a condição, precisou aprender como apoiá-lo nas tarefas do dia a dia e objetivos.
Assim, o estudante começou a escrever livros de diversos temas, sendo que dois são de histórias em quadrinhos e até as ilustrações foram criadas por ele. A quarta obra está em desenvolvimento.
Para Lidiane Hoshika Fogaça, diretora da escola onde Fernando, o menino é dedicado, considerado um bom aluno e possui dom para as artes e literatura, com comportamento que inspira os colegas de sala.
“Quando a gente entra na sala de aula, a gente sabe que ali tem o Fernando e que ele está esperando a nossa aula. Ele vem muito disposto, está pronto para sempre querer aprender. Isso é uma forma de impulsionar nosso trabalho.”
Inspiração para as histórias
O livro da Frida e Zoe, por exemplo, foi o primeiro feito pelo adolescente e possui um diferencial: os personagens são reais e representam as labradoras que visitam a escola onde o menino estuda.
As cachorras são adestradas e fazem parte do Projeto Nalla, cujo trabalho voluntário tem como objetivo promover a educação assistida por animais. A ideia é que, por meio do contato com os animais, os alunos possam desenvolver a autoestima e socialização.
A idealizadora do projeto, Ieda Menani, explica que os cachorros auxiliam principalmente os estudantes que possuem dificuldade de socialização.
“Os cachorros se tornam o mundo, o universo deles. De repente, está todo mundo conversando, brincando e socializando”, conta. G1