qui, 16 de janeiro de 2025

Ao menos 3 cristãos morreram em novo ataque contra Igreja Católica em Burkina Faso 

ATAQUES

Alvo do ataque foram pessoas em Igreja Católica em Toulfé, cidade na Região Norte do país do oeste africano. Grupos armados jihadistas já fizeram três ataques contra igrejas nos últimos dias. 

Neste domingo (26), pelo menos três pessoas morreram e muitas outras ficaram feridas em um ataque contra uma Igreja Católica no norte de Burkina Faso, enquanto ocorria uma missa no local, de acordo com fontes de segurança do país africano. 

O ataque aconteceu pela manhã, quando indivíduos armados entraram na igreja de Toulfé, cidade situada a 67 quilômetros de Ouahigouya, a capital da Região Norte de Burkina Faso, e abriram fogo contra os presentes, segundo veículos de imprensa locais. 

Com o de hoje já são três os ataques nos últimos dias contra igrejas realizados por grupos armados no país do oeste africano. 

O último ataque ocorreu em 12 de maio contra uma igreja em Dablona província de Sanmatenga (centro-norte), no qual morreram seis pessoas, entre elas o pároco. 

O primeiro ataque foi em 28 de abril, quando um grupo de homens armados entrou em um templo protestante na cidade de Silgadji, na região do Sahel (norte), e abriu fogo contra as pessoas, matando seis delas, inclusive o pastor. 

Burkina Faso sofre com ataques jihadistas recorrentes desde abril de 2015, quando membros de um grupo vinculado à Al Qaeda sequestraram um guarda de segurança romeno em uma mina de manganês em Tambao, no norte do país, que ainda segue desaparecido. 

Desde então, o número de ataques, atribuídos tanto a grupos ligados à Al Qaeda como ao Estado Islâmico, vem aumentando de forma exponencial. 

Segundo o Centro de Estudos Estratégicos da África, os ataques subiram de três em 2015 para 12 em 2016, 29 em 2017 e 137 em 2018. 

Porém, o Projeto de Dados de Localização de Conflitos e Eventos Armados (ACLED, na sigla em inglês) registrou cerca de 200 ataques supostamente realizados por grupos jihadistas no país apenas em 2018. 

A região mais afetada pela insegurança é a do Sahel, situada no norte e que compartilha fronteira com Mali e Níger, onde são comuns os ataques e sequestros cometidos por diferentes grupos jihadistas. 

No entanto, a situação do leste do país também tem piorado desde o segundo semestre de 2018. Burkina Faso é um dos cinco países que compõem o G5 do Sahel, junto com Mali, Mauritânia, Níger e Chade, grupo que combate o terrorismo jihadista na região.