Ameaçado de extinção, lobo-guará é resgatado dentro de barracão em construção

Animal foi capturado pelos bombeiros em Olímpia (SP) por volta das 7h deste domingo (27). Espécie está na lista dos ameaçados de extinção do ICMBio

O Corpo de Bombeiros resgatou um lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) dentro de um barracão em construção em Olímpia (SP) por volta das 7h deste domingo (27). A espécie está na lista dos ameaçados de extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Conforme os bombeiros, uma idosa flagrou o animal “passeando” pelas ruas do centro da cidade e decidiu acionar a corporação. O lobo-guará foi capturado dentro do barracão, sem ferimentos.

A Polícia Ambiental também foi acionada para devolver o animal ao seu habitat natural.

Espécie ameaçada de extinção

O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo da América do Sul. Um animal adulto chega a medir 1,30 metro de corpo, além de 40 centímetros de cauda, podendo atingir um metro de altura e mais de 20 quilos. É da família dos canídeos e pertence a um gênero composto por uma única espécie.

Seus parentes distantes do gênero Canis, como o lobo-cinzento e lobo-vermelho, só existem nas Américas, do México para o Norte, partes da Europa e da Ásia.

Apesar do porte e da aparência, é animal inofensivo ao homem, de comportamento dócil, e raramente há briga entre eles. O nosso lobo ‘bom’ vive em campos abertos, no caso do Brasil no Cerrado, Campos Sulinos, na Caatinga e na borda do Pantanal. Também pode ser encontrado na Argentina, Paraguai, Bolívia e em uma pequena parte dos territórios do Uruguai e Peru.

O lobo-guará é onívoro, alimenta-se principalmente de roedores, pequenos répteis, caules doces, mel, aves e frutos. A gestação deste animal dura em torno de 62 a 66 dias, com ninhadas de até seis filhotes.

No passado, acreditava-se que a diminuição da população do lobo-guará no Brasil era decorrente da perda de habitat. Mas em 2005 o resultado de um encontro de pesquisadores revelou que o preconceito, desconhecimento e superstição superam a ameaça da diminuição do território. O lobo-guará ainda é caçado para a retirada dos olhos como amuleto e por donos de propriedades rurais, com o argumento de evitar o ataque a aves e pequenos animais.

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