Agressão com socos e puxões de cabelo foi registrada na Escola Estadual ‘Maria Matilde Castein Castilho’, em Glicério (SP), na terça-feira (26). Assim que acabar o período de suspensão, alunas devem continuar com o ensino remoto
As alunas que deixaram uma adolescente de 15 anos seminua após a agredirem com socos nas costas e puxões de cabelo foram suspensas por três dias da Escola Estadual “Maria Matilde Castein Castilho”, em Glicério, interior de São Paulo. O caso ocorreu na terça-feira (26).
Em nota publicada nas redes sociais, a escola divulgou que o conselho se reuniu e decidiu aplicar a medida disciplinar nesta quarta-feira (27). A direção ainda informou que vai intensificar ações para identificar possíveis intervenções.
Assim que acabar o período de suspensão, as alunas devem continuar com o ensino remoto, por pelo menos 30 dias ou até a finalização da investigação.
Investigação
Em entrevista à TV TEM, o delegado responsável pela investigação, Guilherme Melchior Valera, informou que registrou um boletim de ocorrência por ato infracional análogo a lesão corporal.
Para prosseguir com a investigação, uma das alunas envolvida na agressão foi ouvida nesta quarta-feira. Segundo o delegado, a suspeita disse que a briga começou após uma troca de xingamentos entre a vítima e as duas estudantes.
O depoimento vai ser encaminhado ao Ministério Público e ao juiz da Infância e Juventude. Ainda conforme o delegado, apesar de as mães informarem à TV TEM que os episódios de violência entre os alunos são frequentes na escola, não foi registrado nenhum outro boletim de ocorrência em datas anteriores.
No dia da agressão, as alunas conversavam quando começaram a brigar. A vítima foi arrastada pelos cabelos e recebeu socos, antes de ter a blusa arrancada por uma das estudantes.
Após quase dois minutos de violência, funcionárias da escola chegaram e conseguiram separar as alunas. Um outro estudante foi atingido por uma carteira e machucou o pé. A motivação da briga seria um desentendimento por causa do irmão da vítima.
A Polícia Militar foi acionada e a vítima levada à unidade de saúde, onde recebeu atendimento médico. A Polícia Civil investiga o caso.
Posicionamento
A TV TEM questionou a Secretaria Estadual de Educação sobre o caso. Em nota, a pasta informou que repudia a violência e lamenta o caso. Também disse que as estudantes vão acompanhar as aulas remotamente nesta semana, após determinação do conselho escolar.
Conforme a secretaria, as três funcionárias que acompanhavam a movimentação dos alunos apartaram o conflito e uma reunião entre a vítima e uma profissional do Psicólogos nas Escolas foi marcada para esta quarta-feira.
A Diretoria de Ensino de Birigui (SP) designou um supervisor para apurar a conduta dos servidores no caso.
“A equipe do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP) acompanha o caso e irá implementar estratégias de conscientização sobre conflitos e cultura de paz na unidade escolar. A Ronda Escolar e o Conselho Tutelar também foram acionados”, finaliza a nota.
Já o Ministério Público informou que foi acionado, por meio da promotoria de Penápolis (SP), mas que o caso tramita em segredo de Justiça.