Celso Wanzo foi socorrido e encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Agressor pagou fiança e foi liberado em Rio Preto (SP), mas Justiça pediu a prisão após a morte do advogado e Emerson Ricardo Fiamenghi se entregou à polícia.
O advogado palmeirense que morreu depois de ser agredido com soco foi flagrado ferido logo após o crime em um gramado na frente do condomínio onde ele e o suspeito moravam, em São José do Rio Preto (SP).
Conforme apurado pela reportagem, Celso Wanzo e o torcedor do Corinthians Emerson Rodrigo Fiamenghi discutiram por causa do resultado da final do Mundial de Clubes, em que o Palmeiras perdeu por 2 a 1 para o Chelsea.
Celso foi agredido com um soco e ficou desacordado. Em seguida, a vítima foi fotografada caída no gramado, com os olhos fechados, e sendo amparada por um homem. O suspeito aparece atrás de uma árvore na imagem (veja acima). O torcedor do Palmeiras foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Base. Contudo, não resistiu aos ferimentos. A vítima foi velada e cremada nesta segunda-feira (14), em Rio Preto.
Após o crime, a Polícia Militar foi acionada e localizou Emerson, de 44 anos, que é gerente administrativo e financeiro de uma empresa, além de síndico do condomínio. Ele foi encaminhado à Central de Flagrantes, onde ficou preso.
O caso foi registrado como lesão corporal de natureza grave, já que durante o registro policial a vítima estava viva. A Polícia Civil arbitrou fiança de R$ 5 mil, o valor foi pago e o homem foi liberado.
Contudo, depois da morte do advogado, a Justiça determinou a prisão preventiva de Emerson e ele se entregou à polícia na noite de domingo (13).
Emerson foi encaminhado à Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) e será levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP).
Integrantes da administração do condomínio
À TV TEM, Carlos Wanzo Júnior, irmão da vítima, disse que as discussões entre eles começaram quando foram eleitos integrantes da administração do condomínio onde moravam.
“Meu irmão foi eleito conselheiro do prédio e as contas não batiam. Meu irmão pedia documentos, ele não entregava, meu irmão se desgostou, disse que não assinaria relatórios e pediu para sair do cargo de conselheiro do condomínio. Ele [Emerson] ficou bravo, achou que estava insinuando alguma coisa, mas na verdade estava mostrando os fatos da falta de documento. Então começaram a se desentender”, contou.
“Eles já tinham se desentendido, [Emerson] falou que ia matar, ele é uma pessoa agressiva. […] Ele já perseguia meu irmão, independente de futebol, time. O futebol é um esporte maravilhoso, mas infelizmente existem torcedores fantasiados, que são assassinos fantasiados de torcedores”, disse.
G1