qui, 16 de janeiro de 2025

Agente de Saúde que fraturou dois joelhos em queda de elevador relembra acidente: ‘Estourou o cabo e caiu’

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Caso aconteceu em Votuporanga (SP), na terça-feira (18) e deixou duas agentes de saúde feridas. Segundo apurado pela TV TEM, o elevador despencou de uma altura aproximada de cinco metros.

Uma das agentes de saúde que teve ferimentos graves após cair de um elevador localizado em um sobrado no bairro San Remo, em Votuporanga (SP), na manhã de terça-feira (18), falou sobre a angústia que sentiu durante o ocorrido.

Aline Katiuscia Silva Rios, de 41 anos, fraturou os dois joelhos, enquanto Monica Luiza Freitas França, de 42 anos, teve fraturas na tíbia e na coluna.

À TV TEM, Aline contou que as duas faziam vistoria em imóveis para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue e outras doenças. Ao chegarem ao sobrado, elas foram informadas pelos moradores que poderiam subir pelo elevador. Ainda segundo Aline, não havia nenhum aviso sobre peso máximo e quantidade de pessoas que podiam ser transportadas no elevador. “A paciente gritou de lá de cima: sobe pelo elevador. E o elevador não tem nada escrito, quantidade de pessoas, peso, nada. É um elevador residencial. Ela só gritou ‘sobe pelo elevador’ e, aí, eu e a Mônica fomos e subimos no elevador. Eu com medo, mas segurando a mão da Mônica, nós subimos. Chegou lá em cima, a gente viu o cachorrinho branco, a porta de vidro, é a única coisa que eu lembro, aí ele desabou”, conta.

Segundo apurado pela TV TEM, as mulheres usaram o elevador para ir ao piso superior da residência e ele despencou de uma altura aproximada de cinco metros.

O Serviço de Atendimento Móvel (Samu) foi acionado para socorrer as duas agentes de endemias. A mais velha foi levada com ferimentos graves para a Santa Casa de Votuporanga, onde passou por uma cirurgia e permanecia internada até a manhã de quarta-feira (19).

A outra agente foi transferida para o Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto (SP), devido à gravidade dos ferimentos. O estado de saúde atualizado dela não foi divulgado.

A perícia foi acionada e a Polícia Civil investiga o acidente. Um boletim de ocorrência por lesão corporal culposa, quando não há intenção de machucar, foi registrado. “Estourou o cabo e ele [elevador] caiu. Nós estávamos em pé, aí, com o impacto, a gente caiu as duas sentadas né, mas a minha perna virou para trás, o calcanhar e o pé viraram para trás, e a Mônica com o joelho debaixo da minha perna. Ela teve fratura na coluna. Ela gritava muito da coluna e eu gritava com essa perna. Foi um desespero, porque a gente não sabia como sair dali, não conseguia, eu não conseguia firmar a perna para sair”, explicou Aline.

Ela diz que está muito assustada com tudo o que aconteceu, mas garante que ambas se sentem agradecidas por estarem vivas.

“A hora que lembra, dá um desespero, dá um pânico. Tem que tomar muito cuidado com o elevador”, finaliza a agente de endemias.

Em nota, a Prefeitura de Votuporanga informou que o imóvel citado possui o projeto aprovado e Habite-se datados em 2002. Para uso residencial com dois ou mais pavimentos, a administração municipal informou que não existe a exigência legal de se colocar elevadores. No entanto, a decisão fica por conta do proprietário.

Ainda conforme a prefeitura, a Associação Brasileira de Norma Técnica (ABNT) tem inúmeras normas que regulamentam a fabricação, instalação, manutenção e utilização de elevadores, sendo a aplicação de responsabilidade do responsável técnico (fornecedor, instalador, fabricante) e do proprietário. Por ser de uso residencial, disse que não é passível de fiscalização do município.