Acompanhado da mãe, ele entregou a arma utilizada no crime e deu detalhes sobre o latrocínio
Acompanhado da mãe, um adolescente de 15 anos se apresentou nesta sexta-feira, 10, na sede da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) e confessou ter matado Leandro Bozzo Matias na segunda-feira, 6.
Além de dar detalhes do crime, ele entregou o revólver calibre 38 utilizado no latrocínio.
À frente das investigações sobre as mortes de Leandro e Ana Delgado, o delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior, titular da Delegacia de Homicídios, disse que o menor deu detalhes importantes sobre as circunstâncias do crime.
“Alegou que ele e comparsa foram procurados por Leandro, que disse ter roubado a caminhonete de uma senhora e queria uma chácara para esconder o veículo. A ideia era vender a S10 em outro estado e dividir o lucro entre eles”, explicou.
Durante a negociação, segundo o delegado, Leandro teria dito aos suspeitos que matou um comparsa. A dupla duvidou e ele mostrou a carroceria da caminhonete, que estava suja de sangue, o que condiz com os indícios apontados pela perícia técnica.
Visando ficar com todo o dinheiro do negócio, os suspeitos decidiram matar o homem.
O menor afirma que ele foi o autor dos disparos.
“Acreditamos que ele mentiu nessa informação, porque disse ter disparado dois tiros e a vítima foi atingida por, pelo menos, quatro projéteis”, rebate Alceu.
No entanto, o revólver apresentado na delegacia condiz com a arma utilizada.
O delegado requisitou exame de balística para investigar a compatibilidade do revólver com um projétil retirado do corpo de Leandro.
O menor afirma que decidiu abandonar a caminhonete após a repercussão da morte.
Ele também planeja uma acareação entre o menor e o rapaz de 18 anos preso temporariamente na quinta-feira, 9, que nega o crime.
Emboscada
O delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior trata como certa a autoria da morte de Ana Delgado.
Os indícios levantados até o momento apontam para Leandro, com quem a vítima mantinha relacionamento estável.
A comerciante foi espancada até a morte, teve as mãos amarradas e o corpo desovado no rio São José dos Dourados, em Monte Aprazível.
“Há lesões na mão de Leandro. Soma-se a isso, o fato de ele ter sido visto transitando com a caminhonete após a morte da mulher. No celular dele, apenas as conversas com a Ana foram apagadas”, disse.
Joseane Teixeira – diarioweb.com.br
