ter, 15 de abril de 2025

Adolescente resgatada de trabalho análogo à escravidão em Bady Bassitt está grávida

A jovem, que é natural da Bolívia, seria mantida junto a outras duas adolescentes em trabalho análogo à escravidão; confira o vídeo do local onde elas ficavam

 

A Polícia Federal de Rio Pretou informou, nesta quinta-feira, 11, que uma das adolescentes resgatadas de trabalho análogo à escravidão, na última quarta, 10, em Bady Bassitt, está grávida.

A jovem, que é natural da Bolívia, seria mantida junto a outras duas adolescentes, também bolivianas, em trabalho análogo à escravidão, em uma empresa de tecidos. O suspeito é um empresário boliviano de 35 anos, que foi preso em flagrante pela PF e aguarda audiência de custódia nesta quinta.

O caso foi descoberto após uma das jovens fugir para a sede do Conselho Tutelar da cidade e denunciá-lo. Segundo a polícia, o empresário é acusado de trazer as adolescentes, duas de 17 anos e uma de 16, da Bolívia para o Brasil, com promessas de trabalho assalariado.

No entanto, segundo o relato da jovem à polícia, quando elas chegaram em Bady Bassitt, foram mantidas trancadas dentro da empresa de tecidos. De acordo com elas, o empresário dizia que não poderia liberar as meninas, porque elas teriam que ressarci-lo com trabalho, por seus gastos com passagem da Bolívi  para o Brasil e os gastos com alimentação e moradia.

Diante da situação, o Conselho Tutelar acionou a Polícia Civil, que encaminhou o caso para a Polícia Federal por envolver estrangeiros.

No local, policiais federais e militares constataram a situação degradante em que as vítimas se encontravam e resgataram as jovens do imóvel.

Segundo a PF, foi apurado no local que o empresário mantinha total controle sobre as vítimas, inclusive restringindo sua locomoção, pois as privavam do direito de ir e vir. A polícia constatou também que as adolescentes estão em situação irregular no País.

A Polícia Federal informou que o crime de redução de trabalhadores à condição análoga à escravidão é tipificado no artigo 149 do Código Penal, e prevê pena de dois a oito anos de reclusão, além de multa.

diarioweb.com.br

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