Ele tinha sido denunciado por homicídio quadruplamente qualificado
O mecânico Gustavo Bernardo Paina, 23 anos, foi condenado a 17 anos de prisão pela morte da enfermeira Sabrina Fernanda de Oliveira, na época com 29 anos. Gustavo cometeu o crime em fevereiro do ano passado, durante um encontro na casa da vítima, no Jardim Antunes, em Rio Preto. O julgamento aconteceu nesta quinta-feira, 25, no Fórum central.
Ele tinha sido denunciado por homicídio quadruplamente qualificado. A defesa conseguiu afastar apenas a qualificadora da dissimulação. “Consideramos exagerada a pena e vamos recorrer, porque não entendemos que houve feminicídio”, disse o advogado Mário Guioto.
Segundo a denúncia do Ministério Público, as versões do rapaz eram conflitantes sobre o motivo do homicídio. Primeiro ele alegou que não sabia que a vítima era transexual. Depois, que teve problema de impotência sexual e foi zombado pela vítima, que teria dito que iria contar para outras pessoas sobre o ocorrido.
Em mensagem trocada com uma amiga no dia do encontro, Sabrina revelou que estava com medo porque Gustavo estava estranho e insistia para amarrá-la com uma corda.
Segundo o rapaz, durante o desentendimento ele se armou com uma pequena faca que estava no quarto e golpeou a enfermeira na barriga. Houve luta corporal, ele correu para a cozinha, pegou uma faca maior e atacou a vítima no pescoço.
Após o crime, Gustavo fugiu com o carro de Sabrina, um Ônix, e foi localizado no dia seguinte, enquanto passeava com amigos na condução do veículo.
Joseane Teixeira