qua, 15 de janeiro de 2025

Acusado de atear fogo em morador de rua é condenado a 32 anos de prisão

2

Júri popular foi realizado na tarde desta quinta-feira, 20. Réu já havia matado outro morador de rua em 2012

Trinta e dois anos de prisão foi a sentença recebida pelo desempregado Edson Alves de Souza, de 40 anos, acusado de atear fogo em um morador de rua em janeiro do ano passado, em Rio Preto.

Denunciado por homicídio triplamente qualificado por motivação torpe, emprego de fogo e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, ele foi submetido a júri popular na tarde desta quinta-feira, 20, no Fórum central de Rio Preto.

Segundo informações do processo, no dia 15 de janeiro, durante a madrugada, a vítima Francisco Henrique de Lima, 55, estava dormindo embaixo de uma marquise comercial na rua Bernardino de Campos, quando teve o corpo encharcado por líquido inflamável e foi incendiado.

Câmeras filmaram a aproximação de um homem vestindo camiseta preta e bermuda azul. Com uma sacola nas mãos, ele vai até onde a vítima está deitada, acende o fogo e foge correndo.

Por meio das imagens, policiais civis da Delegacia de Homicídios identificaram Edson, que foi preso poucas horas depois. Embora estivesse vestindo outra roupa, as peças utilizadas no momento do crime foram encontradas na sacola dele.

Durante interrogatório, o suspeito se reconheceu nas imagens, mas negou o crime

Levado para a Santa Casa em estado gravíssimo, Francisco morreu cinco dias depois.

Responsável pela acusação, o promotor Marco Antônio Lélis pediu a condenação do réu nos termos da denúncia.

Contra Edson pesa outro homicídio cometido contra morador de rua, em 2012, no estado da Bahia. O advogado Henrique Tremura, que representou o réu, negou o crime.

O conselho de sentença, porém, decidiu que o réu é culpado, considerou as três qualificadoras, e a juíza Gláucia Véspoli Oliveira proferiu a sentença de condenação em regime fechado.

“A defesa entende que não existem provas suficientes de autoria e recorrerá para que a justiça seja reestabelecida”, escreveu Tremura.

Joseane Teixeira -diarioweb.com.br