Animais estavam abrigados em uma chácara e foram atacados por um enxame de abelhas-africanas
Um enxame de abelhas-africanas matou oito cachorros que estavam abrigados em uma chácara, que também funciona como hotel domiciliar para cães, na região do Recanto do Lago, em Rio Preto. A proprietária Marielen Pereira tinha ido ao banco quando foi avisada pela mãe que um dos animais havia sido picado pelas abelhas e estava passando muito mal. O acidente aconteceu na tarde do dia 8 de março. “Dois cachorros já tinham morrido na hora que eu cheguei. Atacaram tudo que elas podiam de cachorro”, disse.
Ao Diário, a mulher afirmou que cuida dos cães na própria casa onde vive com a família para aquelas pessoas que gostam de cachorros, mas que não têm condições de oferecer abrigo, porém a responsabilidade sobre os cuidados com alimentação e bem-estar dos cães fica a cargo dos clientes que levam os animais ao hotel. “Vamos supor, um vira-lata idoso que ninguém quer, a pessoa resgata e, ao invés dela soltar na rua e não consegue doar, a gente vai mantendo ele”, disse Marielen.
Os que morreram primeiro eram cachorros idosos. Um vizinho que mora há pelo menos 100 metros do hotel contou que as abelhas estavam dentro de um tambor e que outras pessoas teriam tentado retirar o mel, mas não conseguiram. Marielen acredita que o enxame tenha deixado o tambor em busca de local seguro na chácara onde estavam os cachorros.
“Meu pai tomou mais de vinte picadas. Foi uma cena horrível. Coloquei uma blusa e fui tentando socorrer, minha mãe já tinha colocado um monte de cachorros para dentro de casa, mas quando ela saía as abelhas voltavam, nisso meu pai já estava com um cachorro dentro do quarto convulsionando, ele deve ter levado mais de 200 picadas. Elas foram para matar mesmo”, conta Marielen.
A mulher chamou o Corpo de Bombeiros porque não estava conseguindo sair de casa e, além dos clientes, dois médicos veterinários também estiveram na chácara para auxiliar no socorro. O mesmo enxame de abelhas-africanas teria entrado no condomínio uma semana antes do ocorrido na chácara onde estavam os cães abrigados pela protetora independente.
“Os bombeiros foram lá e conseguiram tirar elas. Estavam procurando um lugar seguro e como foram atacadas não estavam pensando muito em só passar. Estou traumatizada, não durmo, eu tenho medo até de mosquito, entro em pânico quando ouço o barulho”, diz Marielen.
Um especialista em capturas de abelhas esteve na chácara a pedido do Corpo de Bombeiros, mas também não encontrou o enxame. O tambor onde as abelhas estavam e ficava embaixo de algumas árvores foi retirado. A preocupação da família era a possibilidade das abelhas atacarem os idosos que vivem em um asilo nas proximidades da chácara.
Abalada, a voluntária faz um alerta para que as pessoas não mexam em colmeias. “Se pega uma pessoa, meu pai cresceu no sítio já tem uma certa imunidade e as abelhas africanas são assassinas. Tinha cachorro na minha frente com 100 a 150 abelhas mordendo, dizem que elas se misturaram com as abelhas europa, até marimbondo não pode mexer. A hora que encontrar uma colmeia tem que ficar o máximo longe. A gente viu a morte”, afirmou Mariele.
(Colaborou: Guilherme Ramos – diarioweb.com.br)