DIA NACIONAL DO IDOSO: Estudo aponta que 40% dos pacientes atendidos no HB de Rio Preto são idosos

Pacientes com mais de 60 anos de idade contam com assistência integral, que contempla saúde de excelência, bem-estar e inclusão social

Levantamento realizado pela Funfarme (Fundação Faculdade Regional de Medicina de Rio Preto) aponta que, somente no ano passado, foram realizados 114.639 atendimentos a pacientes com mais de 60 anos de idade nas 62 especialidades médicas oferecidas pelo Hospital de Base (HB), Ambulatório Geral e de Especialidades e Instituto de Reabilitação Lucy Montoro.

 

“No Hospital de Base, o idoso recebe um cuidado integral, que inclui tratamento médico, psicológico e atividades de bem-estar. Esse trabalho só é possível porque contamos com apoio da comunidade, que adere ao projeto ‘Assistência Integral ao Idoso’ e ajuda a melhorar as condições de internação dos idosos, proporcionando um ambiente mais acolhedor e humanizado”, afirma a diretora administrativo do hospital, Dra. Amália Tieco.

 

A diretora explica que a proposta de trabalho do HB está alinhada com a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), do Ministério da Saúde, oferecendo atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “O HB é referência para o atendimento do idoso na região de Rio Preto. Um estudo interno, de 2022, identificou que 40% dos pacientes atendidos no HB têm mais de 60 anos de idade”, afirma.

 

Parcerias 

O complexo Funfarme reserva 60% dos atendimentos aos pacientes do SUS, contudo, mensalmente atende percentual muito maior, chegando a 80% do total. “A medicina de alta performance tem um custo muito elevado e a conta não fecha”, afirma o diretor da fundação, Dr. Jorge Fares.

 

Para ajudar a custear todo esse atendimento, a instituição conta com um departamento de Captação de Recursos, chamado Alianças Estratégicas, responsável por firmar parcerias com empresas, instituições privadas, pessoas físicas, parlamentares e políticos das esferas municipal, estadual e federal para obter suporte financeiro e investir em atendimento médico a quem precisa.

 

A importância das Leis de Incentivo no Brasil vai muito além de uma simples oportunidade de destinação de recursos. Elas são uma ferramenta essencial para transformar vidas e proporcionar cuidado de qualidade em áreas críticas da saúde pública. A Funfarme conta com projetos que atendem desde os recém-nascidos na UTI Neonatal, oferecendo tratamento intensivo e especializado para prematuros, até iniciativas como o Projeto Acolher, que combate a violência infantojuvenil, garantindo acolhimento e proteção para crianças e jovens.

 

“Além disso, investimos no cuidado integral ao idoso, com um olhar 360 graus da nossa equipe multidisciplinar, que trabalha de forma dedicada para garantir qualidade de vida e dignidade à terceira idade. Esses projetos só são possíveis graças ao apoio de empresas conscientes, que realizam aportes por meio das Leis de Incentivo, direcionando parte de seus impostos para causas que impactam diretamente a nossa comunidade. As empresas que optam por esse investimento estão, na prática, salvando vidas e fortalecendo o sistema de saúde em nosso país”, afirma Robson Ribeiro, Superintendente Financeiro da Funfarme.

 

O projeto “Assistência Integral ao Idoso” contempla os pacientes com um tratamento 360, integrando saúde de excelência, bem-estar e inclusão social. A iniciativa busca atender as necessidades complexas e variadas dos idosos, promovendo um envelhecimento ativo, saudável e digno. “O trabalho é focado na prevenção e tratamento de doenças, reabilitação e promoção da autonomia para melhorar qualidade de vida, além de fortalecer os laços sociais e familiares, prevenindo o isolamento e promovendo uma maior integração na sociedade”, destaca Dra. Amália

 

Inclusão social

Desde o início deste ano, os pacientes do HB com mais de 60 anos de idade contam com o programa “Letramento Digital para Terceira Idade”, que consiste em oficinas que estimulam a memória por meio de atividades simples. As oficinas são projetadas com base em técnicas comprovadas de estimulação cognitiva, visando aprimorar a memória e a linguagem dos participantes.

 

Também são utilizados materiais adequados e estratégias personalizadas para promover a participação ativa e o engajamento dos idosos, com exercícios práticos e jogos. São oferecidas oficinas de “Educação Financeira”, “Letramento digital e impresso voltado à memória”, “Letramento digital voltado à linguagem” e “Letramento digital voltado a mídias sociais”.

 

Serviço de Geriatria

O projeto “Assistência Integral ao Idoso”, que está em vigor em 2024, ajuda a custear o Serviço de Geriatria do Hospital de Base, beneficiando 59.499 pessoas diretamente e 237.996 pessoas indiretamente. O Serviço de Geriatria conta com instalações adequadas e 14 leitos, além de uma Unidade de Cuidados Paliativos com 12 leitos. Apesar disso, todas as unidades do hospital internam pacientes idosos de acordo com a especialidade e necessidade.

 

A Dra. Amália Tieco explica que o aumento das doenças crônicas faz com que o idoso tenha preferência no atendimento em unidade de emergência, à internação ou a uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

 

Os pacientes mais idosos, principalmente aqueles com mais de 75 anos, geralmente apresentam deficiência auditivo e visual, prejuízo na mobilidade e risco de quedas, além de desnutrição, incontinência, depressão e prejuízo cognitivo e funcional. Muitas vezes, essas condições acontecem concomitantes às doenças crônicas que provocaram as hospitalizações. “Isto implica internações mais prolongadas, com maior risco de mortalidade, regimes terapêuticos complexos, mais onerosos e de incapacidade funcional no momento da alta hospitalar”, destaca a diretora administrativo.

 

Atendimentos Idosos (Acima de 60 anos)

Especialidades com maior número de atendimentos em 2023

Oftalmologia (18.028)

Urologia (8.751)

Cirurgia geral (6.386)

Ortopedia/traumatologia (6.143)

Cardiologia (4.876)

 

Hospital de Base também oferece tratamento para as 10 doenças apontadas como mais frequentes aos idoso: 

 

1. Doenças cardiovasculares

Está no topo da lista e representa a maior taxa de mortalidade entre os idosos. As enfermidades envolvem as artérias coronarianas, que comprometem principalmente a região do coração, como infarto e angina do peito. O envelhecimento do próprio corpo é um fator de risco. O avanço da idade provoca endurecimento das artérias, que pode levar ao aumento da pressão.

 

2. Diabetes mellitus

O avanço da idade provoca muitas mudanças no organismo. Com o aumento da gordura e perda de massa muscular, o corpo passa a não responder e processar tão bem a insulina e contribui com o aparecimento da diabetes tipo 2. A doença promove consequências em efeito cascata e afeta os rins, o coração e a visão.

 

3. Catarata

Afeta uma parte do olho, chamada cristalino, que também sofre com os desgastes do tempo. Com o passar dos anos, o cristalino fica menos transparente e traz uma sensação de opacidade à visão. Não enxergar bem é prejudicial ao idosos porque pode aumentar o risco de quedas e as fraturas são mais um problema recorrente nesta faixa da população.

 

4. Doença de Alzheimer

Pode ser compreendida como uma espécie de demência, que avança de forma progressiva, global e irreversível de algumas funções cognitivas. A memória é a mais afetada, mas outros sintomas podem ser indicativos da doença como dificuldade de lidar com a concentração, falta de atenção, dificuldade de articular o pensamento e usar a linguagem.

 

5. Hipertensão arterial

É a doença mais prevalente entre os idosos e responsável por 80% dos casos de derrame cerebral e 60% dos ataques cardíacos no país. Além disso, causa uma série de complicações: insuficiência cardíaca, doenças coronárias ou mesmo um AVE (acidente vascular encefálico).

 

6. Depressão

É um problema recorrente nos idosos e também um transtorno mental de difícil identificação. Médicos que acompanham esses pacientes e familiares precisam estar atentos às queixas para diagnosticá-la. Tristeza sem motivo aparente, falta de prazer em fazer atividades que antes lhes dava satisfação, alterações no sono e no apetite, podem sinalizar que a saúde mental do idoso não vai bem.

 

7. Osteoporose

Atinge mais as mulheres porque está relacionada à diminuição da massa óssea, que já é menor no sexo feminino. Tem uma diminuição significativa pós-menopausa. As consequências, apesar de não serem aparentes, são um grande problema aos idosos, que são mais suscetíveis às fraturas. As dores prolongadas também são sintomas da osteoporose.

 

8. Mal de Parkinson

Trata-se de uma degenerativa e progressiva e que afeta as partes cerebrais. A enfermidade altera principalmente os movimentos do corpo, provoca tremor, lentidão, desequilíbrio, falta de reflexo e até rigidez involuntária dos músculos.

 

9. Infecção Urinária

A infecção urinária é predominante em mulheres na juventude – até por conta da anatomia do corpo feminino: a uretra é mais curta e mais próxima da vagina e do ânus. Contudo, a partir dos 50 anos, com o crescimento da próstata, os homens também podem sofrer mais com esse problema. Cuidados com a higiene e uso e preservativo durante as relações sexuais podem evitar o incômodo.

 

10. Infecções Respiratórias

Idosos também são mais propensos a doenças respiratórias que podem evoluir para quadros graves. A maioria das contaminações são causadas por vírus, bactérias, fungos ou mesmo pela inalação de agentes alérgicos.

FOTO: Ozair da Silva, morador de Votuporanga, é um dos pacientes beneficiados pelo projeto Assistência Integral ao Idoso, do Hospital de Base de Rio Preto.

Crédito: Funfarme/Divulgação

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