História da linha férrea de Votuporanga vira documentário

Coordenado e produzido pelo pesquisador e fotógrafo Ravel Gimenes, “A Estrada de Ferro – Votuporanga na Linha do Desenvolvimento no Noroeste Paulista” é um documentário histórico que conta a trajetória da Estação Ferroviária, desde o seu maquinário até a chegada ao município.

Não faz tanto tempo assim, as estações ferroviárias eram lugares de encontros e despedidas. Muitos passageiros embarcavam e desembarcavam onde, hoje, isso apenas acontece com o carregamento de cargas, como grãos e derivados, combustíveis, minérios e produtos siderúrgicos.

Relembrar essa história não só é muito importante para saber como viajavam nossos antepassados, mas, também, para entender a importância da linha férrea no desenvolvimento de um município.

Em Votuporanga, por exemplo, a ferrovia foi inaugurada em 1945 e até meados de 2001 ainda transportava pessoas. Afinal, por muitos anos, a estrada de ferro foi o meio de locomoção mais rápido para chegar aos grandes centros e, até mesmo, outras cidades do interior.

O documentário “A Estrada de Ferro – Votuporanga na Linha do Desenvolvimento no Noroeste Paulista” estreou no últim domingo, na sala de cinema do Centro de Informações Culturais e Turísticas “Marão Abdo Alfagali”. Justamente em agosto, quando a cidade completa 87 anos de fundação e 79 anos da chegada da Estação Ferroviária.

Coordenado e produzido pelo pesquisador e fotógrafo Ravel Gimenes, o filme tem cunho histórico e descreve como a EFA (Estrada de Ferro Araraquara) foi fundamental para o progresso de Votuporanga e toda a região do Noroeste Paulista.

Segundo ele, foi possível traçar uma linha histórica onde o espectador pode acompanhar, desde a origem do maquinário até a chegada da estrada de ferro no Estado de São Paulo. Além disso, a história da criação do município, a fundação da EFA e toda a sua trajetória.

Ravel destaca que foram nove meses de preparação. E, sobre o resultado final, comenta: “São 100 registros oficiais, entre fotografias, mapas e demais arquivos, alguns inéditos, apresentados durante 60 minutos de documentário.”

O Projeto foi contemplado pelo Edital de Chamamento Público da Secretaria da Cultura e Turismo Nº 01/2023 – Lei Paulo Gustavo complementar nº 195, de 08 de julho de 2022 de fomento a produção audiovisual, com o apoio da Prefeitura de Votuporanga. Um diferencial a ser destacado é a inclusão, já que o documentário é acessível em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e com a legenda de acordo com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.

Sobre os desafios para o desenvolvimento do documentário, Ravel expõe que sem dúvida foi a busca e a organização das informações, como balanços, inventários, notícias e fotografias.

“Infelizmente com o desmonte da EFA para a criação da Fepasa (Ferrovia Paulista) pouca coisa sobrou e, posteriormente, com a liquidação da Fepasa não existia quase nenhuma informação disponível, além de registros em acervos particulares. Nem mesmo na cidade chefe, que foi Araraquara, conseguimos documentos oficiais”, diz.

Equipe Técnica

Revisora textual: professora Dra. Elaine Cristina Ferreira de Oliveira.

Videomakers e captação de imagens e edição: Taynara Morisa e Lucas Abra.

Intérprete de Libras: professora Lilian Remanaschi.

Coordenador, diretor de roteiro, revisor historiográfico e produtor: pesquisador Ravel Gimenes.

@leidiane_vicente – Diário de Votuporanga

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