Rio Preto registra quatro casos de mpox no ano; governo reforça que não existe motivo para alarde

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de São José do Rio Preto (SP) os quatro casos registrados neste ano, não são da nova cepa.

São José do Rio Preto (SP) registrou quatro casos de mpox neste ano. A informação foi divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde nesta terça-feira (20).

De acordo com a pasta, os quatro pacientes são homens. Um deles tem entre 20 e 29 anos e os outros três estão na faixa etária de 30 a 39 anos. Os casos confirmados na cidade não são da nova cepa. As autoridades reforçam, não há motivo para alarde.

Não houve registros da doença no ano passado. Já em 2022, foram 12 casos positivos.

A Secretaria ainda explicou que por enquanto não há vacina contra a doença no município.

O uso de máscaras e a higienização das mãos com álcool em gel continuam sendo as melhores formas de prevenção da doença, também conhecida como varíola dos macacos.

Alerta

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quarta-feira (14) que a mpox é, mais uma vez, uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).

O mais alto nível de alerta da organização havia sido declarado para o surto da “varíola dos macacos”, como era então conhecida a doença, no final de julho de 2022. Somente em maio de 2023 que a organização decidiu rebaixar seu status, por causa da diminuição global do número de casos.

Agora a preocupação é com a rápida propagação da mpox – numa variante nova – que vem acontecendo no continente africano, em especial na República Democrática do Congo (RDC), país que vem registrando somente este ano quase 14 mil casos, incluindo 450 mortes, segundo o último relatório do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças, o Africa CDC (entenda mais abaixo).

Fora da África, até o momento, “o surto continua com um baixo nível de transmissão”, afirmou a OMS.

Brasil

No momento, a avaliação do Ministério da Saúde é de que o risco para o Brasil é baixo. Atualmente, há duas vacinas recomendadas pela OMS contra a doença. No entanto, nenhuma delas está sendo usada de forma ampla no país.

Especialistas sugerem a vacinação principalmente em casos de contato com infectados, para evitar surtos – como o do RDC. Uma campanha de vacinação em massa é improvável, a menos que ocorra uma grande emergência sanitária global. Essas ações são consideradas cruciais para proteger os grupos mais vulneráveis.

O que é a mpox?

É uma zoonose viral: uma doença que foi transmitida aos humanos a partir de um vírus que circula entre animais. Antes do surto de 2022, ocorria principalmente na África Central e Ocidental, sobretudo em regiões perto de florestas, pois os hospedeiros são roedores e macacos.

É causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família (poxvírus) e gênero (ortopoxvírus) da varíola humana. A varíola humana, no entanto, foi erradicada do mundo em 1980, e era muito mais letal. A taxa de letalidade histórica da varíola dos macacos, antes do atual surto, era considerada na faixa de 3% a 6%. O primeiro caso foi detectado em humanos em 1970.

As complicações são mais comuns em pacientes com problemas no sistema imunológico. Quadros graves estão relacionados ao surgimento de pneumonia, sepse, encefalite (inflamação do cérebro) e infecção ocular, que pode até levar à cegueira.

Sintomas

São sintomas clássicos da doença:

  • febre,
  • dor de cabeça e dores no corpo,
  • dor nas costas,
  • calafrios,
  • cansaço,
  • feridas na pele (erupções cutâneas) e gânglios inchados (que comumente precedem a erupção característica da doença)

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