Após começar a produzir leite sem estar grávida, paciente descobre tumor no cérebro; cirurgia ocorreu pelo nariz

Diagnóstico foi recebido por Pâmela de Oliveira em 2019, mas a cirurgia feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ocorreu no dia 12 de julho no Hospital de Base (HB) em São José do Rio Preto (SP). Dia Mundial do Cérebro é celebrado nesta segunda-feira (22).

Depois de começar a produzir leite sem estar gestante, uma paciente de 26 anos descobriu um câncer na hipófise, localizada na base do cérebro. O diagnóstico foi recebido por ela em 2019, mas a cirurgia feita pelo nariz e custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ocorreu no dia 12 de julho no Hospital de Base (HB) em São José do Rio Preto (SP).

O Dia Mundial do Cérebro é celebrado nesta segunda-feira (22). Para comemorar a data, o g1 conta a história da enfermeira Pâmela de Oliveira Aguiar Costa, que passou pela remoção do tumor, considerado benigno, alojado na região do cérebro, sem cortes.

Segundo a paciente, o tumor foi descoberto em 2019 após um exame de ressonância magnética. No início, o caso não era considerado cirúrgico.

Contudo, devido aos sintomas, como dor de cabeça constante, visão turva, aumento no cortisol e produção de leite irregular, foi indicado procedimento, que utilizou equipamentos tecnológicos avançados.

“Eu ganhei mais de 40 quilos em dois anos, pelos no rosto, tinha dores fortes na cabeça que aumentavam cada vez mais. Aí, notei que estava produzindo leite, mas sem estar gestante. Inclusive, o tumor trouxe infertilidade”, lembra a paciente.

O neurocirurgião responsável pela cirurgia, Ricardo Lourenço Caramanti, explicou que, em cinco anos, o tumor de Pâmela cresceu ao ponto de trazer risco de perda da visão. Por isso, foi necessária a cirurgia. Com um protocolo minimamente invasivo, o tumor foi retirado pelo nariz.

Para o procedimento, foi utilizado um equipamento de neuronavegação, que funciona como um GPS, para mapear as estruturas cerebrais, de modo que não seja necessária a intervenção com cortes. Dessa forma, a paciente também pode retornar a rotina normal em até 30 dias. “Ela não vai ficar com cicatriz esteticamente aparente. Eu coloco o neuronavegador para mapear a artéria e evitar que tenha lesão, porque assim poderia levar a grandes prejuízos e até a morte. É fundamental nessa cirurgia para ter mais segurança”, reforça o médico. “Eu estou mais tranquila ainda, porque não precisou mexer na cabeça que era o meu maior medo. Foi o mínimo invasivo e eu consegui me livrar desse tumor. Agora quero me cuidar”, celebra a paciente.

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