Advogado espancado por seguranças em saída de rodeio comemorava aniversário de relacionamento

Caso ocorreu na noite de quinta-feira (11) em São José do Rio Preto (SP). A organização do Rio Preto Country Bulls disse que apura o ocorrido. De acordo com o BO, a vítima foi agredida com socos, chutes e golpes de cassetete após urinar próximo a muro.

O advogado, de 42 anos, que passou por cirurgia e teve hemorragia interna após ser espancado por seguranças na saída do Rio Preto Country Bulls comemorava sete anos de relacionamento com a esposa no dia das agressões e passou o aniversário da filha internado. O caso ocorreu na noite de quinta-feira (11) em São José do Rio Preto (SP).

Em nota, a organização do rodeio informou que está apurando o ocorrido e afirma que preza pela segurança e conforto do público.

À TV TEM, a arquiteta Maria Helena Thomé Grisi disse que estava com o marido no rodeio e presenciou o momento em que ele foi agredido pelos seguranças. Segundo ela, o que era para ser uma noite de comemorações, logo se transformou em um pesadelo.

Indignada e traumatizada, Maria Helena contou que o episódio violento resultou em ferimentos graves, que deixaram a vítima hospitalizada, inclusive impossibilitada de estar presente no aniversário de 10 anos da filha, comemorado no domingo (14). “Era para ter sido uma noite festiva para nós dois. Aniversário da filha dele e o nosso aniversário de namoro de sete anos. Está caindo toda a ficha agora, ele está muito abalado. O trauma foi gravíssimo, ele não consegue entender, assimilar tudo. Está muito difícil. Eu quero Justiça”, pede a mulher.

De acordo com o boletim de ocorrência, na saída da festa, a vítima parou para usar o banheiro. Contudo, como os banheiros químicos do evento estavam ocupados, se aproximou de um muro para urinar.

Neste momento, conforme o relato da esposa, cerca de 15 seguranças da festa o cercaram e começaram a agredi-lo com chutes, socos e golpes de cassetete. A esposa da vítima presenciou as agressões e pediu para que os suspeitos parassem, mas não foi atendida.

“Eu falava para os seguranças ‘pelo amor de Deus, só queremos ir embora’. Meu marido estava assustado. Ele andou, mas caiu, meio desacordado”, lembra a mulher.

Maria Helena ainda disse que as agressões duraram 15 minutos. Ela acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para socorrer o marido, que foi levado para o Hospital Beneficência Portuguesa.

Na unidade de saúde, ele teve hemorragia abdominal interna total, perfuração da bexiga e em parte do intestino, além de ferimentos pelo corpo. Durante o atendimento, foi necessário colocar uma sonda e um dreno na barriga da vítima. “Em questão de uma hora, ele precisou fazer uma cirurgia, porque começou a perder muito sangue. A cirurgia demorou mais de cinco horas. Foram vários pontos no abdômen todo. Eles estavam lá para proteger e não para fazer o que fizeram. Eles foram monstros”, lamenta a esposa. Devido ao risco de infecção hospitalar, ele recebeu alta médica nesta segunda-feira (15) para continuar o tratamento em casa. Um boletim de ocorrência por lesão corporal foi registrado. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso.

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