Condenado por 8 de Janeiro, Kingo é considerado foragido pela Polícia Federal

O morador de Votuporanga (SP) Kingo Takahashi, que foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília (DF), é considerado foragido há um mês. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça (TJ).

Em nota enviada ao g1, o TJ confirmou que Kingo deixou de comparecer semanalmente à Justiça desde 6 de maio de 2024 e não justificou as ausências. Diante disso, foi determinada a intimação, mas o oficial de Justiça não conseguiu localizar Kingo.

Os advogados constituídos no processo também informaram que não conseguiram contato com Kingo. Em seguida, veio a informação de que ele teria sido identificado em imagens de câmeras de segurança na Ciudad del Este, no Paraguai.

Ainda de acordo com o TJ, as informações foram transmitidas ao Supremo Tribunal Federal (STF) para as devidas providências relacionadas ao descumprimento das regras estabelecidas para liberdade provisória. Com a confirmação dos fatos, Kingo é considerado foragido da Justiça.

Condenação

Kingo Takahashi foi condenado a 17 anos de prisão em 4 de março de 2024, sendo 15 anos e seis meses de reclusão e um ano e seis meses de detenção pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

O Supremo Tribunal Federal julgou procedente a condenação nos termos do voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, junto com os demais ministros: Nunes Marques, Cristiano Zanin, Edson Zanin, Edson Fachin, André Mendonça e o presidente Luis Roberto Barroso.

Kingo vai cumprir a pena inicialmente em regime fechado. O réu também foi condenado a pagar R$ 30 milhões, junto com os demais envolvidos nos atos de 8 de janeiro, por danos morais coletivos.

Participação

Kingo contou, em depoimento à polícia, que teve as despesas pagas para participar dos atos antidemocráticos. De acordo com a apuração do g1, ele relatou que parte do grupo que estava no Quartel-General do Exército fez uma vaquinha para custear a viagem e o hotel de quem quisesse ir a Brasília.

O morador de Votuporanga também disse que “trouxe R$ 150” para ficar no Distrito Federal, bem como afirmou que não sabia os nomes ou as características dos organizadores do QG.

Em vídeos publicados nas redes sociais, Kingo aparece perto da rampa do Congresso Nacional, acompanhado de outros terroristas que participaram dos atos antidemocráticos ocorridos na capital federal.

Já em uma fotografia, o empresário está deitado em uma poltrona vermelha, com os pés apoiados em um móvel.

Kingo foi preso em flagrante por “tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”. Ele estava em liberdade provisória quando foi classificado como foragido da Justiça. G1

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