Usuários pagavam até R$ 1,3 mil para ficar em clínica clandestina

Pelo menos 33 pessoas, entre homens e mulheres, foram resgatadas em condições completamente insalubres em uma propriedade rural do bairro Agrovila, nesta quarta-feira, (21/06/2023), em Nova Aliança (SP). O local funcionava como uma clínica de reabilitação clandestina.

Segundo informações da Polícia Militar, o caso foi descoberto após um dos internos passar por atendimento na unidade de saúde do município e relatar a situação em que vivia no local. Equipes da Vigilância Sanitária foram até à propriedade, porém, foram impedidas de entrar.

Com o apoio dos policiais, os profissionais retornaram ao sítio e conseguiram encontrar pessoas vivendo em condições completamente insalubres. 33 internos foram acolhidos pelas equipes de saúde, onde passaram por triagem, receberam alimentação e os cuidados necessários.

“Constatamos que estas pessoas viviam em condições precárias de higiene, alimentação e entre outras irregularidades. O local nunca possuiu alvará da Vigilância Sanitária e nem alvará de funcionamento. Dentre os internos, seis deles foram levados para passar por atendimento médico, devido ao quadro clínico de saúde”, disse a secretária de saúde da cidade, Silvia Patini Alves.

Segundo a coordenadora de assistência social e primeira dama do município, Sandra Borges de Morais, todos os internos estão recebendo os cuidados necessários.

“No primeiro momento nosso trabalho foi fazer uma triagem destas pessoas e entrar em contato com a família de cada um. Aqui neste local eles receberam alimentação, já puderam tomar um banho e, de imediato, ter um pouco de dignidade”, afirma.

Com a chegada das equipes na propriedade, nenhum responsável pela clínica foi encontrado e algumas pessoas acabaram fugindo. De acordo com apuração feita pela Gazeta, cada familiar tinha que pagar R$ 1.300,00 para que o interno ficasse na suposta clínica.

Claiton Aurélio Silva, de 42 anos, diz que é voluntário no local e trabalhava em troca do acolhimento.

“Eu vivia em situação de rua em Rio Preto e estava lá há duas semanas ajudando. Quem denunciou não estava contente, mas eu não tinha o que reclamar”, afirma.

Um homem de 38 anos, que prefere não ser identificado, diz que vivia em condições complemente precárias. “A gente não tinha cama para dormir e raramente comia. A situação no local é desumana, com muito mau cheiro. Vivíamos como bichos”, afirma.

O caso foi registrado pela Polícia Militar, porém, a Polícia Civil não registrou a ocorrência. A Gazeta procurou o delegado de Nova Aliança para comentar o assunto, porém, ele não foi encontrado. Gazeta do Interior

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