Estado lança programa para regionalizar atendimentos de saúde em municípios paulistas

Na prática, a ideia é dividir o Estado em microrregiões e centralizar cada tipo de procedimento em hospitais dos municípios

O governo de São Paulo confirmou nesta quinta-feira, 13, o lançamento do Programa de Regionalização da Saúde, conforme antecipou a Coluna do Diário. A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde, os 645 municípios paulistas e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para regionalizar os atendimentos e tratamentos oferecidos em São Paulo.

Segundo o governo, o foco do programa é diminuir as desigualdades para aumentar a eficiência do gasto público, ampliar a oferta de serviços e reduzir as filas e a distância que as pessoas precisam percorrer para conseguir atendimento.

Na prática, a ideia é dividir o Estado em microrregiões. Nestes grupos de cidades, cada tipo de procedimento será centralizado num município. Assim, a cidade “A” receberá todos os casos de ortopedia daquela microrregião. Já a cidade “B” concentrará todos os pacientes que precisam de uma cirurgia de catarata. E assim por diante.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) considerou o momento um “marco para a saúde” e disse que a regionalização do serviço é transformadora. “É o primeiro grande passo, que vai nos permitir ver de perto os problemas e mudar a gestão das filas. Será uma gestão regionalizada e transparente”, disse.

“Muitas vezes os serviços ofertados não correspondem às necessidades e em outras, se repetem entre unidades gerando capacidade ociosa. Isto gera uma situação inaceitável de pessoas sem atendimento e ambulatórios e hospitais com baixa ocupação”, disse o secretário de Saúde, Eleuses Paiva.

A medida também deve fortalecer os hospitais de pequeno porte, como adiantou à Coluna do Diário o diretor do Departamento Regional de Saúde de Rio Preto (DRS-15), Guilherme Pinto Camargo. Isso porque essas unidades devem passar a contribuir de forma efetiva para assegurar à população o acesso a serviços de saúde em momento oportuno e com qualidade.

Renilson Rehen, coordenador do programa de Regionalização da Saúde, explicou que o desafio é reunificar o sistema de saúde. Segundo ele, há cerca de duas décadas havia resistência dos municípios em relação à medida, mas hoje, tanto prefeitos como secretários municipais, estão convencidos de que apenas aumentar o gasto não é suficiente. “É preciso que a gente organize as redes, para termos mais eficiência e atender melhor a população. Para isso precisamos trabalhar juntos, se unindo neste esforço comum pra atender a sociedade”, concluiu

Após o anúncio do governo do Estado, a diretoria da Funfarme, que inclui o Hospital de Base e o Hospital da Criança e Maternidade, afirmou que a regionalização da saúde é um projeto de “extrema relevância” e que deve refletir em “enormes benefícios para a população”.

“Ao decidirem investir e reativar os hospitais de pequeno e médio porte, situados em cidades menores, o governo estadual vai conseguir ampliar a oferta de serviços e reduzir as filas e a distância que os moradores destes municípios precisam percorrer para conseguir atendimento, o que vivenciamos aqui em nossa região”, disse o diretor-executivo da Funfarme, Jorge Fares.

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