Os bovinos foram apreendidos nesta sexta-feira (30) em uma fazenda em Andradina (SP) e restituídos à vítima.

As investigações sobre o crime de estelionato continuam em andamento para o esclarecimento do caso e a identificação de todos os envolvidos no golpe, entre autores e receptadores.

Segundo a polícia, das 17 cabeças de gado faltantes, uma parte morreu durante a aplicação do golpe e as demais já foram abatidas.

Os policiais de Presidente Venceslau dirigiram-se a Andradina para o cumprimento de um mandado judicial de busca e apreensão dos animais.

As investigações apuraram que o golpe foi aplicado por meio de uma plataforma de compras e vendas, de onde o autor copiou o anúncio e passou a oferecer os animais a um terceiro interessado por valor inferior.

O dono dos animais pedia R$ 230 mil pela venda dos 94 bovinos. No entanto, o golpista vendeu todo o rebanho pelo montante de R$ 120 mil e ficou com o dinheiro. “Ao que tudo indica, uma terceira pessoa ludibria quem quer comprar gado e quem quer vender, mas com duas estórias diferentes. O golpista aproveita-se da boa-fé das pessoas envolvidas e consegue receber o valor, deixando no prejuízo duas pessoas (quem compra e quem vende). As investigações ainda estão em andamento, mas acreditamos que seja essa dinâmica que ocorreu”, disse ao g1 o delegado responsável pelo caso, Elison Yukio Hasai.

“Quem vende não recebe o valor. Nesse caso em que estamos trabalhando, quem comprou pagou, mas para o golpista e não para o proprietário. Quem comprou acabou recebendo o gado, porque foi enviado um comprovante de TED [Transferência Eletrônica Disponível] falso para quem estava vendendo e, assim, o gado foi liberado”, detalhou.

Os animais apreendidos em Andradina ainda estavam em posse de quem os havia comprado.

“Ao que tudo indica, quem comprou pode estar de boa-fé também e ter sido vítima do golpe. Mas isso ainda vamos apurar nas investigações”, salientou Hasai.

“Porém, para quem comprou, a estória foi de que quem vendia estava acabando com o negócio e precisava vender o gado que estava um pouco magro”, citou o delegado.

Aparentemente, segundo Hasai, quem queria comprar também foi induzido a erro pelo golpista, mas essa circunstância está em investigação.

“Não sabemos ao certo ainda qual foi a estória falada pelo golpista, mas a diferença [de valores] é significativa realmente. Por enquanto, não posso afirmar se quem comprou está envolvido na fraude perpetrada, mas vamos aprofundar as investigações ainda”, concluiu ao g1.

G1