HCM de Rio Preto registra ocupação de 100% na UTI pediátrica

O aumento nas internações é decorrente de síndromes respiratórias, como a bronquiolite e a pneumonia, segundo a direção do hospital

O Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de Rio Preto está com 100% de ocupação das 20 vagas da UTI pediátrica. O aumento nas internações é decorrente de síndromes respiratórias, como a bronquiolite e a pneumonia, segundo a direção do hospital.

A ocupação total ocorre nos leitos do HCM que são pactuados com o Sistema Único de Saúde (SUS) destinados a atender pacientes infantis enviados por prefeituras da região de Rio Preto. Em decorrência desta situação, a direção da instituição informou que está trabalhando em plano de contingência e por isso não está recebendo novos pedidos de internações temporariamente.

“É importante salientar que o HCM não tem autonomia para realizar a transferência de pacientes, pois tais medidas são organizadas e realizadas pela Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross)”, informou o hospital.

Segundo a direção do HCM, o aumento nas internações também é provocado pelas demandas cardiológicas, neurológicas e cirurgias de emergência e urgência, que não podem ser reagendadas. O aumento também ocorre na procura por atendimento. Na rede particular de saúde, por exemplo, a Unimed Rio Preto teve crescimento de 20% no atendimento infantil na comparação com os últimos dois meses.

A médica Isabella De Lalibera Bellintani, pneumologista infantil da Unimed Rio Preto, afirma que o aumento atípico de doenças respiratórias é resultado dos impactos causados pela pandemia do coronavírus. “Antigamente, na era pré-Covid, a gente tinha essa sazonalidade das infecções em épocas distintas do ano. Outono e inverno tinham mais infecções virais e doenças respiratórias e na primavera e verão, infecções gastrointestinais. Desde o começo da pandemia, ambos os tipos de infecções acontecem em diferentes épocas do ano”, afirma.

Isabella afirma que depois da pandemia aumentaram os subtipos de vírus causadores de doenças respiratórias em circulação, o que aumenta o risco de mais síndromes respiratórias. As principais vítimas são as crianças com menos de seis anos. “São tantos casos que médicos da minha área estão com agenda de consultas lotadas devido à alta procura dos pais das crianças”, diz a médica.

Por outro lado, Isabella pede aos pais para não se desesperarem ao verem os filhos com síndromes gripais, porque o surgimento da doença é considerado normal. “Os hospitais acabam ficando superlotados pela insegurança dos pais que têm medo dos filhos terem uma doença mais grave. Para prevenir, é bom ter as vacinas em dias para gripe, pneumonia e Covid, além de evitar enviar os filhos para creche quando apresentarem sintomas de doenças respiratórias”, explica a médica.

Marco Antonio dos Santos – diarioweb.com.br

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