qui, 16 de janeiro de 2025

65ª Fase: Filho de ex-ministro Lobão é preso na Lava Jato 

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Nova etapa investiga crimes relacionados a contrato de empreiteira para construção de hidrelétrica no Pará. Montante de propina chega à R$ 50 milhões.

Na manhã desta terça-feira (10), Márcio Lobão, filho do ex-senador e ex-ministro Edison Lobão, foi preso na 65ª fase da Lava Jato, de acordo com o MPF (Ministério Público Federal). A prisão é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado e foi efetuada no Rio de Janeiro/RJ. 

A nova etapa da operação investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro proveniente de pagamento de vantagens indevidas relacionadas à Transpetro, que é subsidiária da Petrobras, e à Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. 

Segundo o MPF, Márcio Lobão e Edison Lobão solicitaram e receberam propinas dos Grupos Estre e Odebrecht em R$ 50 milhões entre 2008 e 2014. 

O mandado de prisão foi expedido contra Márcio Lobão porque, conforme o MPF, há indícios de que ele permanecia praticando o crime de lavagem de dinheiro em 2019. A imprensa tenta contato com o advogado de Márcio Lobão. 

Esta fase tem como objetivo, conforme o MPF, aprofundar as investigações sobre as operações de lavagem de dinheiro realizadas pelo filho do ex-ministro. 

O MPF informou que há registros de lavagem de dinheiro em compras e vendas de obras de arte, vendas de imóveis, simulações de empréstimos familiares e movimentação em contas offshore. 

Edison Lobão e o filho Márcio Lobão já são réus na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia aceita pela Justiça trata de crimes cometidos, segundo o MPF, entre 2011 e 2014, no valor de R$ 2,8 milhões, por intermédio da Odebrecht. 

Operação Galeria 

Esta nova fase da Lava Jato foi batizada de Operação Galeria. Além do mandado de prisão, há 11 de busca e apreensão. As ordens judiciais são cumpridas em São Paulo/SP, no Rio de Janeiro e em Brasília/DF. 

Entre os alvos de busca e apreensão, estão endereços de galeria de arte e de agentes financeiros que, de acordo com o MPF, administravam contas de Márcio Lobão no exterior. 

Segundo o MPF, além dos crimes de corrupção ligados à participação da Odebrecht no contrato de construção da Usina de Belo Monte, são investigados benefícios em mais de 40 contratos de quase R$ 1 bilhão. 

Esses contratos, ainda conforme o MPF, foram firmados pelas empresas Estre Ambiental, Pollydutos Montagem e Construção, Consórcio NM Dutos e Estaleiro Rio Tietê. 

FONTE: Informações | G1